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Vale salientar que, no campo da criação, a indústria cinematográfica detém um conhecimento sólido na produção de roteiros com uma sistemática bem definida, seguindo um padrão clássico para a realização de filmes de grande impacto junto ao público, e especialmente voltado para o consumo. Entre os profissionais do meio, podemos destacar Syd Field, que elaborou uma métrica precisa para a sequência de atos ao longo da trama, como visto na imagem abaixo:
Um roteiro, logo percebi, é uma história contada com imagens. É como um substantivo: isto é, um roteiro trata de uma pessoa, ou pessoas, num lugar, ou lugares, vivendo a sua “coisa”. Percebi que o roteiro possui certos componentes conceituais básicos comuns no que se refere à forma. Esses elementos são expressos dramaticamente dentro de uma estrutura definida com início, meio e fim. (FIELD, p. 13)
Como é possível perceber, a semelhança entre essas postulações e o pensamento fundamental de Aristóteles na construção identitária da linguagem teatral é quase unívoca (que só admite uma interpretação). Em outras mídias, portanto, o princípio essencial não deverá diferir, embora as narrativas hipermidiáticas apresentem desafios com relação às possibilidades de acesso aleatório de quaisquer partes do todo, quebrando a singularidade do fluxo narrativo convencional. Este novo paradigma é um dos alicerces do roteiro para games, como veremos a seguir.
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