Narrativas Cinematográficas

A linguagem cinematográfica estabeleceu-se como grande proposta de narrativa para as multidões, em parte por seu apelo imagético e, paralelamente, pela definição de um modelo de negócio maciçamente divulgado e transformado em cultura de massa, criando tendências comportamentais e vínculos com o grande público por meio do culto à imagem e às celebridades hollywoodianas.

Em What is Cinema?, André Bazin identifica a construção desse fenômeno popular narrativo com a consolidação de gêneros temáticos ainda hoje vigentes na linguagem cinematográfica, desde os idos de 1930-1940:

Era o triunfo de Hollywood com cinco ou seis tipos principais de filmes que ofereceram essa esmagadora superioridade: a comédia americana (Mr. Smith goes do Washington, 1936), o filme burlesco (Os irmãos Marx), os filmes de dança e vaudeville (Fred Astaire e Ginger Rogers e Ziegfield Follies), os filmes de crimes e gangster (Scarface, I am a fugitive from a chain gang, The informer), os dramas psicológicos e sociais (Back street, Jezebel), os filmes de horror e fantasia (Dr. Jekyll and Mr. Hide, The invisible man, Frankenstein) e os westerns (Stagecoach, 1939). (BAZIN, 2005, p. 28).