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Rumo ao novo milênio, a indústria de jogos, principalmente de consoles, passava por um período de grande inovação, sendo as duas principais:
Para os computadores, a transição para os gráficos 3D veio acompanhada do desenvolvimento de placas específicas para trabalhar com a renderização de elementos gráficos dos jogos a fim de tirar parte da carga que ficaria sobre o processador, melhorando a eficiência na hora de executar o jogo.
O debate sobre a violência em jogos leva à formação do Interactive Digital Software Association (IDSA), que estabelece um critério para a avaliação e classificação dos jogos em faixas etárias de acordo com o seu conteúdo, de forma similar ao que acontece na indústria do cinema. Com o tempo, a IDSA passou a se chamar Entertainement Software Association - ESA, nome que mantém até hoje. A indústria de desenvolvimento também passava por um momento de crescimento e profissionalização, com equipes e orçamentos maiores.
Os arcades tiveram um breve período de renascimento, mas com o avanço da capacidade dos consoles e dos computadores, simplesmente não valia mais a pena pagar por um tempo de jogo limitado, quando se podia desfrutar do mesmo jogo, com a mesma qualidade, no conforto de casa. Dessa forma, os arcades passarem a se tornar um nicho, e decidiram focar em interfaces e controles diferenciados para prover uma experiência que o jogador comum não conseguisse ter em casa (controles de volantes e pedais, máquina de dança, simulador de boxe com luva, etc.).
A indústria de consoles avança para a próxima geração, que contém consoles de 32 e 64 bits. Nessa época, também começa a disputa por mercado entre três grandes empresas: a Nintendo com o seu N64, a Sega com o Saturn e a recém chegada Sony com o seu Playstation. Inicialmente, a Sony estava desenvolvendo um periférico de CD para o SNES, porém a Nintendo cancelou o projeto. Aproveitando o trabalho até então executado, a Sony acabou lançando um console que conquistou grande espaço de mercado. Que “bola fora” da Nintendo!
Enquanto o Saturn e o Playstation usavam CD, o N64 continuou usando o cartucho. Essa decisão custou caro à Nintendo: os CDs (650MB) armazenavam mais dados do que os cartuchos (64 MB), dando mais liberdade às equipes de desenvolvimento. Com isso, as franquias Final Fantasy e Megaman acabaram migrando para a plataforma de jogo da Sony, não retornando mais à Nintendo.
Dentro do mercado de portáteis, o Gameboy manteve seu domínio com as novas versões, o Color e o Advanced. Além disso, jogos online tomaram uma proporção maior na indústria, surgindo os primeiros jogos online Massivos Multijogador - MMOs. Outro ramo que começou a crescer nesse período foi o de jogos Mobile, ou seja, pessoas jogando de forma casual em seus celulares (a boa e velha cobrinha!).
Fatos marcantes:
Criação da IDSA (ESA)
Nintendo lança Donkey Kong Country
Sega lança o console Saturn
Sony lança o Playstation
Blizzard lança Warcraft
Blizzard lança Warcraft 2
Nintendo lança o Nintendo 64
Sony lança Crash Bandicoot
Digipen Institute of Technology se torna a primeira escola com um curso de desenvolvimento de jogos.
Eidos lança Tomb Raider e sua personagem icônica, Lara Croft.
Bandai lança o Tamagotchi. Onde eu guardei o meu?
Nintendo lança Goldeneye 007
Squaresoft lança Final Fantasy VII
Nintendo lança Mario Kart 64
O MMO Ultima Online inicia os seus serviços
Nintendo lança The Legend of Zelda: Ocarina of Time
Pokemon é lançado para Gameboy nos Estados Unidos, virando uma febre
Konami lança Dance Dance Revolution, um jogo que poderia ser jogado tanto em casa (com o tapete) como em arcades.
Nintendo lança o Gameboy Color
Valve lança Half-Life
Rockstar lança Grand Theft Auto - GTA
Sega lança o Dreamcast
Os MMO Everquest e Asheron Call’s iniciam os seus serviços
A Game Developers Conference (GDC) realiza o primeiro festival de jogos independentes
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