Outro ponto importante na definição do espaço é a quantidade de dimensões que ele possui: um jogo pode conter um espaço bidimensional, tridimensional ou não conter nenhuma dimensão. Nesse último caso, o jogo ocorre em uma representação abstrata de espaço que permite as interações necessárias. Jogos de simulação de gestão esportiva normalmente possuem grande parte das interações do jogo através de relatórios de dados e telas de informações, não havendo uma representação própria de espaço para interação com o jogo (embora no momento de simulação das partidas exista um campo, o jogador não interage diretamente nele).

A quantidade de dimensões influencia tanto na forma de navegação permitida para o jogador como nos controles de câmera que serão implementados, sem contar que as posições dos objetos devem ser representadas em função de cada dimensão existente.

Um último aspecto interessante de ressaltar com relação ao espaço físico é a forma como ele é criado: o espaço pode ser pré-definido ou gerado de forma procedural. Um espaço pré-definido é estático e construído na fase de design e implementação do jogo, e todos os elementos que estão contidos no espaço, as interações e eventos programados irão ocorrer de acordo com o que foi definido no momento da construção do nível do jogo. Já o espaço procedural é construído em tempo de execução: através de funções matemáticas, o jogo cria um espaço físico que obedece a um determinado conjunto de regras, mas que será novo cada vez que o jogador iniciar o jogo. A vantagem dos espaços estáticos é o controle sobre a interação do jogador e sobre os eventos do jogo, enquanto que o espaço procedural ganha no quesito de novidade e imprevisibilidade, o que aumenta o valor de replayability (o jogo pode ser jogado várias vezes).