2 - Principais Plataformas de Jogos

2.2 - Consoles de Videogame

Para muitos de vocês, jovens como eu (coff, coff), essa deve ter sido a primeira plataforma de jogos com a qual tiveram contato na vida. Desde o primeiro Atari até os consoles mais modernos, como o Playstation 4 e o Xbox One, o videogame é a plataforma mais popular para os jogadores, por vários fatores: o preço “acessível” (lá fora, pois aqui no Brasil, infelizmente, os impostos e taxas fazem com que produtos que custam 300 a 400 dólares fiquem na faixa de 3.000 a 4.000 reais) e a diversidade de opções que se encontram no mercado.

Inicialmente, não existiam empresas exclusivas para o desenvolvimento de jogos, apenas de videogames. Dessa forma, o desenvolvimento sempre foi muito orientado para essa plataforma e, mesmo com a criação de empresas fora dos grandes fabricantes, o foco do desenvolvimento permaneceu sendo os consoles dominantes de cada geração.

Essa plataforma, assim como os arcades, é representada por uma arquitetura específica e fechada, porém capaz de rodar diversos jogos, já que a carga do jogo é feita através de uma mídia que é lida (cartucho, CD, DVD, Blu-ray) ou através de um dispositivo de armazenamento interno (um disco rígido) no qual o jogo é salvo. Devido a essa característica, os videogames passaram a ser uma opção muito mais viável que os arcades, e mudaram, também, o perfil dos jogos desenvolvidos: como sempre existiam os consoles para jogar em casa, os jogos começaram a migrar de partidas rápidas (essenciais para manter o lucro dos arcades) para jogos com um tempo de jogo expandido (para se ter uma ideia, alguns jogos atuais têm um tempo de duração acima de 100 horas para se concluir). Com a evolução das mídias de armazenamento, os jogos também ficaram maiores em tamanho, o que permitiu a criação de verdadeiras experiências cinematográficas e possibilitou que a indústria de jogos conseguisse chegar ao topo do ramo de entretenimento.

Os videogames normalmente são caracterizados pela evolução tecnológica entre as diferentes “famílias” ou gerações de consoles. Observe o Playstation: do 1 até o 4, nota-se uma série de evoluções: o hardware ficou mais potente (parte gráfica, memória e processador), o tipo de mídia utilizada saiu do CD (700MB de armazenamento) para o Blu-ray (50GB de capacidade), o console ganhou capacidades de conexão em rede (inclusive com a criação de um serviço de loja/distribuição virtual, o Playstation Network - PSN), o console ganhou uma capacidade de armazenamento interno (inicialmente usava cartões de memória - memory cards - para salvar o jogo; agora o console conta com um HD interno, capaz de armazenar jogos inteiros para melhorar o desempenho), os controles foram adaptados para melhorar sua usabilidade e ergonomia para o jogador, novos tipos de controles especiais foram criados, inclusive baseados em captura de movimentos, e por aí a lista segue. Da mesma forma, o Xbox e os consoles da Nintendo também evoluíram com o tempo, a fim de aproveitar as inovações tecnológicas vigentes em cada época.

Uma grande vantagem dessa plataforma é sua acessibilidade para o usuário comum, visto que não é necessário nenhum conhecimento técnico de computação para colocar o videogame para funcionar. Liga-o na tomada, coloca a mídia do jogo (ou baixa ele da internet) e pronto! Não é necessário fazer nenhuma verificação se o seu videogame será capaz de rodar jogo X ou Y: se o jogo é feito para ele, significa que ele passou por um processo de homologação com a desenvolvedora do console, e ela mesma garante que ele rodará para todas as unidades produzidas. Essa facilidade de uso faz com que os videogames mantenham sua posição como a plataforma favorita de muitos jogadores.

Já no que diz respeito às desvantagens dessa plataforma, mesmo que exista compatibilidade com versões anteriores, o jogador sempre precisa comprar a versão mais nova do console para continuar acompanhando os lançamentos dos jogos. E se o videogame quebrar, o reparo pode custar caro e, dependendo do defeito, apenas um videogame novo resolve o problema! Outro ponto é que, apesar dos consoles recentes possuírem algumas funcionalidades a mais, ela ainda é essencialmente uma plataforma de jogos, o que leva algumas pessoas a optarem por computadores devido ao seu uso mais genérico.