1 - O que é uma Plataforma de Jogo?

O primeiro ponto da aula de hoje é entender o que estamos chamando de plataforma de um jogo.

Claro que é isso, professor!

Claro que não! Esse é um jogo do gênero plataforma. É isto aqui que eu chamo de plataforma de jogos:

Plataformas onde os jogos rodam!

Denominamos de plataformas de jogos os ambientes de hardware e software que permitem executar os nossos jogos. As escolhas são variadas e cada plataforma dessas possui características que nos fazem escolher alguma como a nossa favorita, seja pelo conjunto de jogos, as opções de controles, a qualidade gráfica ou a praticidade.

Uma plataforma de jogos pode ser pensada como um ambiente operacional no qual o jogo roda. E, como qualquer computador, ela deve ter:

  • Memória;
  • Processadores;
  • Placa gráfica;
  • Equipamentos de entrada e saída que nos permitam visualizar o jogo e enviar comandos.

Lembrou das suas aulas de Arquiteturas de Computadores? Seja um celular ou um videogame, esses elementos estarão presentes em maior ou menor escala. Mas vão estar lá!

Perceba que a escolha da plataforma em que o jogo vai rodar é essencial para definir detalhes de como o jogo será feito. Por exemplo, imagine que você vai fazer um jogo de luta, no melhor estilo Street Fighter. O que aconteceria se você escolhesse como plataforma-alvo dispositivos como celulares e tablets? Jogos de luta são conhecidos pelo seu complexo esquema de controle: para fazer um golpe, você deve rodar três vezes os botões de direção, apertar os botões AXYB 5 vezes, acender uma vela e fazer umas 50 rezas, jogar na loteria, beber um copo de água, e aí o golpe sai. Como você faria isso em um celular? Aí você teria de pensar em pelo menos três opções:

  • Pensar em um esquema de controle apenas com toques na tela e em como esses toques poderiam ser associados às ações do personagem. Mas como replicaríamos a complexidade do controle tradicional para esse esquema simplificado? Claramente esse é um dos elementos mais característicos do jogo!
  • Implementar um controle virtual, exibindo os botões na tela para tentar replicar a experiência do uso de controle. Nessa opção mantemos a complexidade do controle, porém fica mais difícil de ver o que está acontecendo, já que precisamos usar um espaço da tela para simulá-lo. Mas não tem jeito, não podemos exatamente forçar o jogador a comprar um acessório de controle para o celular (embora tal acessório exista).
  • Não fazer o jogo de luta, e pensar em algo que seja mais apropriado para jogar no celular.

Isso é apenas um exemplo de como as características da plataforma podem alterar o projeto de um jogo. Da mesma forma que a entrada e saída, também a capacidade gráfica da plataforma, sua memória e processador, sua capacidade de armazenamento e vários outros fatores podem impor a necessidade de alteração no jogo produzido. É por isso que existem jogos que são exclusivos para uma plataforma específica!

Tenho uma proposta: vamos passar pelos vários tipos de plataformas existentes e entender as suas características. Dessa forma, perceberemos melhor a motivação por trás da criação delas e por que existem pessoas que preferem umas e não outras. Vamos lá!

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