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arrow_back Aula 05 - Jogos Sérios

2.4 - Corporativo e Governamentais

Ambientes corporativos, seja na indústria privada ou no ambiente público, também podem tirar vantagens dos jogos, principalmente no seu processo de treinamento. Quando um novo funcionário entra na empresa, normalmente existe um esforço institucional para integrá-lo no ambiente, treiná-lo nos processos do dia a dia e fornecer orientações em geral sobre a cultura da instituição, visão e objetivos da empresa. Muitas vezes, isso exige que um funcionário mais antigo faça um acompanhamento mais próximo do novo funcionário até que ele alcance um nível de autonomia suficiente para desempenhar suas funções.

Agora imagine isso em um órgão público, onde as condições de trabalho e financeiras costumam levar a uma alta rotatividade de funcionários. É provável que se passe mais tempo treinando o funcionário do que realizando os trabalhos do setor. E pior: quando o funcionário está pronto, ele sai da empresa/órgão para uma oportunidade mais vantajosa.

Pensemos então em um cenário no qual a empresa realize todo o seu treinamento inicial de funcionários através de um jogo: a plataforma de treinamento já está pronta e dessa forma o funcionário que entra não gera necessidade de interrupção do trabalho de outro funcionário para realizar tutorial e, ainda por cima, o novo integrante se diverte enquanto aprende mais sobre o dia a dia de trabalho. Outra vantagem é que, ao mapear os processos institucionais para o jogo, obtém-se uma documentação oficial sobre o funcionamento do órgão, ajudando a resolver eventuais dúvidas e possibilitando inclusive oportunidades para melhorias da instituição.

O treinamento de um novo funcionário pode ser feito todo em um ambiente virtual que reflete o ambiente da empresa.

Outra forma de utilização dos jogos seria para a conscientização sobre problemas sociais e a busca por soluções colaborativas. Imagine que um órgão ou empresa que trabalhe com gestão territorial poderia utilizar um jogo estilo SimCity para descobrir quais tipos de serviços ou construções seriam mais indicados para uma determinada área da cidade, observando o feedback e as escolhas dos jogadores. As possibilidades são diversas e, de quebra, abre mais um canal pelo qual a população pode, de forma proativa, ajudar na gestão e no crescimento de sua própria cidade ou país.

O jogo <span class='italico'>Democracy</span> permite que o jogador faça escolhas de como serão elaboradas as leis de um país, mostrando para ele como essas leis afetam os mercados e grupos sociais que compõem a sua população.

Alguns exemplos de jogos nessa área:

  • Democracy 2 (http://positech.co.uk/democracy/): assuma o papel de um presidente e entenda como as leis e decisões podem fazer um país se desenvolver (ou não!).
  • The EIS Simulator (http://www.calt.insead.edu/eis/): um simulador que coloca o jogador dentro de uma equipe, com a incumbência de entender como funciona a cultura organizacional de uma empresa.
  • Informatists: um jogo voltado para a área de administração e negócios, através da simulação de um negócio que o jogador deve desenvolver e, com isso, aprender sobre as técnicas de administração, sem correr os riscos presentes no mundo real.

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