A Física nos Jogos

Para podermos entender bem o que faremos ao longo desta aula, começaremos nossa discussão com uma reflexão sobre como a física afeta a nossa vida e como afeta, naturalmente, elementos de jogos.

No mundo real, estamos na Terra, a qual possui uma força gravitacional conhecida em torno de 9,8m/s². De acordo com a Lei da Gravitação Universal, essa força gravitacional atrai objetos com massa. Sendo assim, se formos ao topo de um prédio e de lá soltarmos uma pedra, esta cairá, acelerando conforme as forças recebidas, até chegar a uma velocidade terminal e acertar o chão. O chão está fixo e retornará uma força sobre a pedra, na direção oposta à força exercida por ela sobre o chão, utilizando a energia da queda. Tudo isso pode ser calculado, demonstrado e ter parte de seus valores conhecidos por meio de fórmulas já vistas, capazes de aproximar bastante os valores esperados para a velocidade da pedra, a força do impacto, etc., dos valores reais que seriam medidos em um experimento como esse.

Nada disso soa estranho, correto? Uma pedra pesa, nós a soltamos do alto e ela cai. O chão a recebe, causa uma colisão e, depois, faz a pedra ficar lá, parada, quando toda a energia é dissipada. Isso é o mundo real. É o que crescemos vendo e experimentando, então, é bem simples de perceber! E é o que, usualmente, buscamos em nossos universos de jogos também.

Ao criar um novo elemento gráfico no computador, ainda não há nada disso. Se você criar um quadrado e, em seguida, colocar uma bola em cima, quando executar o seu código, nada se moverá. Eles não cairão, não se baterão e não terão qualquer comportamento físico. Isso tem um motivo simples: a física não está lá. Da mesma maneira que, ao criarmos um novo elemento gráfico estamos apenas acendendo pixels na tela para enganar o olho a achar que algo está ali, até mesmo com uma profundidade, em uma tela 2D, precisamos enganar o nosso cérebro também a fim de fazer a física parecer existir em um mundo de pixels acesos. E isso dá um trabaaaaaalho!