2 - Arte

2.4 - Contexto e Coerência

A identidade visual do projeto deve respeitar um conjunto de regras definidas pela temática e ambientação dele. Alinhando temática a ambientação, temos todo o contexto para criar um mundo que só será convincente se mantiver alguma coerência com ele mesmo.

Como em todo o resto do processo de criação de um game, a arte conceitual não é uma tarefa simples, visto que deve haver muita pesquisa e as definições de identidade visual devem sempre considerar a temática trabalhada. Mesmo que o universo do game seja original, sem uma referência clara ou direta de outras temáticas tão exploradas, deve ser dada uma atenção especial à coerência em todos os elementos que compõem o game.

Segue abaixo uma lista de observações relativa a contexto e coerências. Será que você pensa nisso ao observar a arte conceitual de alguns games?

1. Guerreiros velhos devem ter cicatrizes de batalha;
2. Personagens tristes e taciturnos nunca usam roupas coloridas;
3. Personagens com personalidade excêntrica geralmente têm cabelos extravagantes;
4. Alguns personagens (como monstros em survival horror, lutadores em um game de luta ou campeões em MOBAS) trazem em detalhes da anatomia e da silhueta a forma como atacam e até seus pontos fracos;
5. Espadas, escudos, armaduras medievais e até mesmo um corte de cabelo têm seus períodos e devem ser pesquisados.

Claro que isso não se trata de um manual de regras que deve ser seguido à risca, pois sempre existe a questão da “licença poética”. As formas de arte, de um modo geral, dão a oportunidade para seus criadores de “brincar” com a realidade e até mesmo de fugir de determinados padrões. Porém, inclusive essa fuga de padrões deve ser coerente e nunca deve se distanciar dos signos comuns aos consumidores da mídia, caso contrário, não será bem aceita.

Abaixo temos o design de alguns personagens. Tente identificar as pistas que o design deles transmite sobre a temática à qual eles pertencem:

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