As Narrativas Digitais
Hipermídia

Todo e qualquer recurso interativo digital que permita acesso e navegação por diferentes áreas do saber pode ser identificado como um processo hipermidiático. Softwares, websites e jogos digitais são exemplos de hipermídias. Nesses casos, a narrativa não deverá atender efetivamente a uma sucessão de acontecimentos relacionais ou à estruturação de uma obra que, como definiu Aristóteles, possua necessariamente um começo, um meio e um fim devidamente estabelecidos, embora esse fenômeno possa ocorrer.

Uma das características marcantes desse processo operacional reside no princípio da agência possibilitada pelo meio. A ideia de Agência vai além da mera interatividade, que possui conotações variadas. Janet Murray destaca que o mover de um joystick ou o clicar do mouse durante um jogo não configuram um agenciamento imersivo, o qual pode ser descrito como a gratificante capacidade de realizar ações significativas e ver os resultados de nossas decisões e escolhas, como escreve a autora.

A agência pode se dar de forma incondicional, ao navegarmos livremente pelos links ou mundos virtuais ou em uma estrutura de jogo, pressupondo uma jornada interativa.

Em computação, um ‘agente’ é um código capaz de tomar decisões e criar situações no ambiente virtual. Quando essa simulação é coerente, o interagente ou jogador se sente motivado por ter vivenciado o prazer da ‘agência’, isto é, ter feito as coisas acontecerem em um mundo dinâmico que responde às suas ações.

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