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Um fim de curso ou chave fim de curso (do inglês micro switch) é um termo genérico usado para referir-se a um comutador elétrico que é capaz de ser atuado por uma força física muito pequena. Ele é muito comum de ser encontrado nas aplicações de pneumáticas devido ao seu pequeno custo e extrema durabilidade, normalmente maior que 1 milhão de ciclos e acima de 10 milhões de ciclos para modelos destinados a aplicações pesadas.
Possui dois contatos, sendo um normal fechado (NF) e outro normalmente aberto (NA). Quando a haste é pressionada, seja através de rolete ou de lâmina, esses contatos comutam, ou seja invertem-se suas condições, o que estava fechado abre e o que se encontrava aberto fecha-se. Esses contatos podem ser vistos na Figura 09.
Existem basicamente dois tipos de sensores de fim de curso: os mecânicos e os magnéticos. O primeiro corresponde a uma simples chave posicionada no fim de cada curso (avanço ou recuo) e que é acionada fisicamente através do contato entre o sensor e a cabeça da haste do cilindro. Já o segundo não necessita de contato físico. Tudo é realizado de forma magnética. Como? Através de indução.
Alguns cilindros, como os apresentados nas Figuras 07 e 08, possuem um êmbolo magnético para a detecção através de sensores. Diferentemente dos mecânicos, os sensores magnéticos também podem ficar posicionados no corpo do cilindro, e não só no seu percurso. Obviamente são mais caros, porém mais confiáveis.
Na Figura 10 temos as imagens dos dois modelos de sensores de fim de curso, o mecânico de rolete e o tipo magnético que poderá ser indutivo ou capacitivo.
Agora que já temos conhecimento sobre os atuadores pneumáticos e os sensores que sinalizam suas posições, poderemos ver uma aplicação na qual deseja-se movimentar uma caixa da esteira inferior para a esteira superior utilizando-se dois cilindros (A e B), como pode ser visto na animação a seguir:
O primeiro passo para a solução do problema é definir uma sequência de operações válidas (avanço e recuo dos cilindros).
Nesse primeiro momento, não vamos nos preocupar em saber quem irá movimentar os cilindros, mas sim como eles serão movimentados e qual é a sequência correta de acionamento desses cilindros.
Uma possibilidade de comando corresponde a avançar o cilindro (A) (representado pelo símbolo A+), depois avançar (B) (símbolo B+), recuar (A) (símbolo A-) e, por fim, recuar (B) (símbolo B-).
Note que, nesse processo, inevitavelmente, precisamos ter a certeza de que os cilindros estão totalmente avançados e/ou recuados, pois não vai adiantar de nada acionar o cilindro (B), por exemplo, sem antes acionar o (A) (mantendo-o acionado). Ou seja, a próxima ação só deve ser executada quando a anterior tiver sido realizada.
Essas ações serão melhor estudadas na aula de eletropneumática, onde faremos uma análise do comportamento dos cilindros através do método sequência (Trajeto – Passo). Nesse primeiro instante faremos apenas a apresentação do problema e deixaremos sua solução para ser vista nesta aula específica.
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