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O próximo dimensionamento feito será o dos fusíveis. Estes deverão atender à corrente de trabalho “Ie” sem romper seu elo (atuar), caso ele seja submetido a uma corrente de curto-circuito.
Como foi explicado ao tratarmos do dimensionamento de fusíveis, selecionamos o tipo de ação retardada, que deverá ter capacidade para suportar a corrente de partida do motor e que não pode atuar. Sendo assim, temos:
$$I_{p} / I_{n} = 5$$ $$I_{p} = 7,77 \cdot 5$$ $$I_{p} = 39 A$$É importante salientar que a corrente de partida estará presente por um pequeno intervalo de tempo e que ela dependerá da carga impulsionada pelo motor, por isso, pode ser calculada em função do momento de inércia dessa carga. Contudo, na maioria das aplicações de cargas, o tempo de partida dos motores, momento em que o motor atinge a sua velocidade nominal, não ultrapassa 15 segundos.
A seguir, veremos um gráfico que apresenta as curvas dos fusíveis versus o tempo de atuação que será utilizado no dimensionamento dos fusíveis para o motor em questão.
No que diz respeito aos fusíveis dimensionados para proteção dos condutores e do motor em questão, selecionamos os de 16 Ampères, pois a corrente de partida desse motor será próxima de 40 A.
A pergunta é: por que ele não irá atuar (romper seu elo)?
A resposta ao questionamento é: ao traçarmos uma reta vertical perpendicular ao eixo da corrente, passando pelo ponto da corrente de 40 A, que é o valor da corrente de partida, iremos interceptar a curva do fusível de 16 A. Agora, passaremos uma segunda reta, horizontal, pelo cruzamento da reta anterior com a curva do fusível de 16 A até alcançar o eixo do tempo em 40 segundos.
Esse tempo é superior ao necessário para que o motor atinja a sua velocidade nominal e o fusível não rompa seu elo.
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