3. Utilizando Blend Trees

A animação do pulo é uma animação um pouco diferente das demais. Digo isso por dois principais motivos: o primeiro é que o pulo tem uma parte na qual a movimentação não acontece muito, quando o personagem já se impulsionou no chão e está simplesmente no ar; o segundo é porque a animação de pulo, usualmente, também interfere na animação de queda. Se você está em uma parte mais alta do cenário e simplesmente cai, você não deve passar pela animação de pulo, mesmo tendo saído do chão, embora seja esse o caso essencial para haver um pulo. Nesses casos, em que há uma simples queda, a animação deve ser capaz de se adequar para o personagem não parecer estar pulando. Por essas razões, vale a pena construir uma Blend Tree.

Uma Blend Tree, como o nome indica, é uma árvore de estados diversos de animações, as quais podem se misturar entre si, criando uma animação mais fluida e complexa a partir de pequenos estados definidos anteriormente. No caso de 3D, em animações com esqueletos, por exemplo, podemos utilizar as Blend Trees para adequar as transições de maneira mais delicada e chegar a resultados visualmente melhores. Já em 2D, como não há a mistura entre os estados, podemos simplesmente utilizar uma Blend Tree para criar uma faixa diversificada de valores , de acordo com a qual as animações se alteram, a fim de criar uma animação final, capaz de se adequar a situações variadas, como pulos mais altos ou quedas, independentemente do tamanho delas. Ao criarmos pequenas faixas de valores na qual os frames serão alterados, o controle da animação passa a ser de acordo com isso e não depende mais de tempo ou de uma lista de condições.

Podemos considerar, também, que a utilização de uma Blend Tree nesses casos economiza espaço em nossa máquina de estados, tornando a compreensão um pouco mais fácil. Como quase tudo realizado até agora, há mais de uma maneira de abordar o comportamento que desejamos reproduzir. Utilizaremos esta, no entanto, para fins de aprendizado! Vamos pôr a mão na massa?