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Interfaces Gráficas

Para a maioria das pessoas, quando pensamos em um sistema operacional, pensamos na “aparência” que ele tem, ou seja, quais são os menus disponíveis, como eles são (posição, cores), quais programas ele contém e quais podem ser instalados na máquina. Dizendo de outra forma, vemos o sistema operacional pela forma como interagimos com ele.

Isso é verdade principalmente para quem tem usado as várias versões do Windows ao longo do tempo, uma vez que o Windows exige pouca interação através do modo texto. A verdade é que essa forma como vemos e interagimos com o sistema operacional diz respeito apenas à Interface Gráfica do sistema operacional.

Embora no Windows possamos customizar, ou seja, mudar a aparência da tela, não existe de fato uma separação entre o sistema operacional e sua interface gráfica. Temos que usar a própria interface gráfica que é fornecida com o Windows. Entretanto, em outros sistemas operacionais, como é o caso do Linux, essa separação é bem definida, o que gera três grandes vantagens, que são:

  • Podemos instalar o sistema operacional sem nenhuma interface gráfica. Nesse caso, dizemos que a interface é em “Modo Texto”, pois toda a interação com o sistema operacional é feita através da digitação de comandos. A principal razão para usarmos um sistema em modo texto é o ganho de desempenho, pois a interface gráfica consome muitos recursos de hardware, como processamento e memória. Em máquinas que funcionam como servidores, é muito comum não termos a interface gráfica instalada a fim de que os recursos de hardware, que seriam gastos com a interface gráfica, sejam poupados para serem consumidos com as tarefas as quais o servidor se propõe a atender. Pense em um servidor Web, por exemplo. Se sua função é apenas fornecer as páginas HTML para os usuários que o acessam através de um browser (ou navegador), a interface gráfica é desnecessária.
  • Essa separação fez com que surgissem diferentes interfaces gráficas para o mesmo sistema operacional, como aconteceu no Linux, permitindo que cada pessoa utilize a interface que mais lhe agrada. Com isso, você pode mudar a “aparência” do seu sistema operacional de acordo com sua necessidade ou preferências, sem ter que trocar o sistema propriamente dito. Além disso, surgiram interfaces gráficas voltadas para computadores com menos recursos de hardware, que são bem mais “leves” (isso é, consomem menos recursos de hardware) que outras interfaces, lhe proporcionando usar um ambiente gráfico sem sobrecarregar o computador.
  • Não precisamos ser tão rígidos ao ponto de querermos que uma máquina tenha apenas interface gráfica ou apenas modo texto. Podemos iniciar a máquina em modo texto e executar a interface gráfica apenas quando desejarmos. Depois, voltarmos para o modo texto. Muito servidores usam essa abordagem, ou seja, eles passam a maior parte do tempo executando apenas em modo texto, até porque normalmente ninguém fica sentado na frente do servidor trabalhando. Quando o administrador do servidor vai utilizá-lo, e caso precise executar alguma aplicação que requeira o ambiente gráfico, ele o inicia. Depois, encerra o ambiente gráfico e deixa o computador trabalhando novamente em modo texto.

No Linux, para iniciar a interface gráfica a partir do modo texto, basta digitar o comando startx.

Essas interfaces gráficas são chamadas de sistemas de janelas, porque existe uma área reservada para cada aplicação em execução. Essa área, uma janela, tipicamente é um retângulo que pode ser redimensionado e que possui botões para você minimizar, maximizar e fechar a janela. O sistema também oferece uma forma de você indicar qual é a janela ativa, ou seja, em qual janela você está trabalhando no momento. Tipicamente, isso é feito com um clique do mouse dentro da janela.

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