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arrow_back Aula 04 - Infraestrutura de suporte aos cabos

Material e componentes - pt.3

Podemos lembrar que a maioria das redes de pequeno porte é feita com material inadequado, portanto, os módulos RJ-45 empregados dão um aspecto de seriedade ao trabalho, além de oferecer melhor desempenho.

A norma diz que o engate dos condutores nas tomadas de telecomunicações deve ser do tipo "facão". A maior parte dos fabricantes desses produtos utiliza um engate no sentido longitudinal, mas o engate no sentido transversal também é aceito, mas não é tão prático.

Já temos as canaletas, as caixas e derivações e as tomadas RJ-45 fêmeas, falta o item mais importante: o cabo.

Temos que escolher o cabo pelo tipo e características técnicas.

Para a nossa rede, é totalmente inadequado o uso de fibra óptica, não por características técnicas ou custo do cabo propriamente, mas, sim, pelo custo dos equipamentos ativos, que chega a ser até quatro vezes mais caro, dependendo do produto.

Você encontrará no mercado fibra óptica e fibra ótica. A diferença? Nenhuma, trata-se da mesma coisa. Mas é melhor empregar fibra ótica, pois a grafia “óptica” caiu em desuso na última reforma ortográfica.

Outra questão: cabo com condutores sólidos (rígidos) ou retorcidos (flexíveis)?  Os dois. Usaremos o cabo com condutores sólidos para fazer o cabeamento secundário (cabeamento horizontal), aquele que vai do ponto de telecomunicação (PT) até o painel de conexão (patch panel). Esse cabo deve passar por dentro da chamada estrutura de passagem, formada por eletrodutos, canaletas etc.

O cabo com conectores flexíveis será empregado nos patch cords, que ligam o patch panel ao equipamento concentrador ativo (HUB, Switch, etc.) e nos cabos dos adaptadores (adapter cables), ou line cords, aqueles que ligam os PT às placas de redes dos computadores localizados nas Áreas de Trabalho.

Atualmente, não é mais indicado que o próprio técnico ou instalador da rede faça seus patch cords, line cords ou adapter cables porque esses componentes já são vendidos prontos e precisam ser homologados pela ANATEL, de acordo com as resoluções 242, de 30/11/2000, e 300, de 20/06/2009.

Área de Trabalho ou Work Area é o local ou ambiente de trabalho limitado fisicamente, como, por exemplo, a sala de recursos humanos de uma empresa.

Como nossa rede não está num ambiente eletromagneticamente hostil, não há razão para empregarmos cabos blindados do tipo STP (Shielded Twisted Pair) ou FTP (Foil Twisted Pair), então, vamos usar os cabos sem blindagem do tipo UTP (Unshielded Twisted Pair), que, além de serem mais baratos, ainda têm diâmetro externo menor e não precisam de aterramento.

Só falta agora decidir que categoria de cabo usar. Atualmente, temos as categorias 5e (Classe D), certificada em 100 MHz; Categoria 6 (Classe E – 250MHz ); Categoria 6A (Classe EA), certificada em 500 MHz; Categoria 7 ( Classe F – 600MHz ) e Categoria 7A (Classe FA), em 1 GHz.

Até a Categoria 6A, as normas estão definidas, publicadas e homologadas. As outras duas categorias ainda podem sofrer pequenas variações em seus requisitos técnicos de instalação e desempenho.

Antes de lançarmos os cabos, vamos ver mais dois conceitos técnicos: canal e link.

Se você já trabalha com cabeamento, vale a pena revê-los, pois esses conceitos mudaram em relação à norma 568A.

Nesta norma, o Link Básico ia desde o Line Cord da área de trabalho até a entrada do Patch Panel, enquanto que o Canal era todo o lance de cabeamento horizontal até a entrada do equipamento ativo.

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