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A operação de crimpagem do RJ45 macho requer, obrigatoriamente, um alicate especial para essa finalidade, por isso, é bom comprar logo um. E por falar em comprar, aproveita e compra também um decapador.
Vamos aos procedimentos de conectorização:
As imagens da Figura 3 exibem, de forma bem intuitiva e prática, os principais padrões usados em redes Ethernet, sem aquela confusão de quem liga com quem que estamos acostumados a ver.
É bem simples, observe:
A imagem da esquerda é do padrão T568A, que é o principal padrão usado e consagrado mundialmente.
Se houver a necessidade de fazer um cabo sem cruzamento algum (straight through), utilize o T568A nas duas pontas.
Esse tipo de cabo funciona em redes 10Base-T, 100Base-TX, 100Base-T4, 1000Base-T e 1000Base-TX, ligando dois equipamentos de tipos diferentes, ou seja, de switch para placa de rede.
A segunda imagem é do padrão T568B, que está em desuso. Note, entretanto, que esse padrão é, também, o Half Cross (cruzamento parcial) do T568A.
Para fazer um cabo com cruzamento parcial, utilize o T568A numa ponta e o T568B na outra. Esse tipo de cabo funciona em redes 10Base-T e 100Base-TX ligando dois equipamentos de mesmo tipo, ou seja, de placa de rede para placa de rede, por exemplo.
Se desejar fazer um cabo com cruzamento total, utilize o T568A numa ponta e o padrão da tabela 8 a seguir. Esse tipo de cabo funciona em redes 10Base-T e 100Base-TX, 1000Base-T e 1000Base-TX, ligando, também, dois equipamentos de mesmo tipo, ou seja, entre switches, por exemplo.
Agora, veja aqui o Quadro 2 com as sinalizações e inversão Cross Over para 1000Base-T e 1000Base-TX. Mas saiba de antemão que as placas de rede Gigabit Ethernet já são autosensing com relação ao cabeamento e a inversão da pinagem é feita automaticamente.
T 568A |
Cross Over |
||||||
Pino | Cor do Fio | Sinal | Pino | Cor do Fio | Sinal | ||
1 | Branco do verde |
BI_DA+ | 1 | Branco do laranja |
BI_DB+ | ||
2 | Verde (Par 3) | BI_DA- | 2 | Laranja (Par 2) | BI_DB- | ||
3 | Branco do laranja | BI_DB+ | 3 | Branco do verde | BI_DA+ | ||
4 | Azul (Par 1) | BI_DC+ | 4 | Branco do marrom | BI_DD+ | ||
5 | Branco do azul | BI_DC- | 5 | Marrom (Par 4) | BI_DD- | ||
6 | Laranja (Par 2) | BI_DB- | 6 | Verde (Par 3) | BI_DA- | ||
7 | Branco do marrom | BI_DD+ | 7 | Azul (Par 1) | BI_DC+ | ||
8 | Marrom (Par 4) | BI_DD- | 8 | Branco do azul | BI_DC- |
Remova somente a capa de PVC externa, para cabos UTP e FTP. Neste, não remova a fita de alumínio que blinda o cabo, dobre-a para trás por sobre a capa externa. Não desencape os pares de condutores, pois o diâmetro dos canais internos do RJ45 foram projetados para receber os pares de fios com seus isolantes coloridos intactos.
Após a inserção dos condutores, você deve ter desencapado e destdançado, no máximo, 13 mm de fios fora da capa de PVC em cabos Categoria 5e e somente 6 mm em cabos Categoria 6. Acima disso, será possível a ocorrência de fenômenos indesejados, como o crosstalk (linha cruzada).
Para que sua conectorização tenha uma maior durabilidade, você pode protegê-la com capas de plástico ou de borracha. Lembre-se de colocar as capas de proteção antes de realizar as crimpagens, porque depois, não dá.
Todo o procedimento de crimpagem aqui descrito serve para cabos com condutores rígidos e flexíveis.
Mas há um ponto a ser destacado: a norma EIA/TIA 568B só permite line cords e patch cords feitos com cabos cujos condutores metálicos sejam flexíveis. E mais, todos os line cords e patch cords têm que ser devidamente certificados pelos seus respectivos fabricantes.
Resumindo: quando fizer uma rede, procure comprar seus line cords prontos, certificados e homologados pela ANATEL, isso manterá sua rede dentro das normas e você terá uma possibilidade de dor de cabeça a menos.
Nem pense em reaproveitar o mesmo ponto de crimpagem e recrimpá-lo. Isso será uma péssima ideia.
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