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arrow_back Aula 04 - Infraestrutura de suporte aos cabos

Material e componentes - pt.2

Podemos lançar os cabos nessa canaleta usando o procedimento de povoar as seções uma a uma, assim, se precisarmos lançar três cabos, não colocaremos um cabo em cada seção, mas, sim, dois cabos em uma seção, uma cabo em outra e nenhum cabo na terceira seção.

Por que isso? Por dois motivos, deixamos o septo do meio vazio como previsibilidade de expansão futura (um dos pilares de sustentação do cabeamento estruturado) e também, conforme a situação, evitar o estresse do cabo. O cabo metálico de rede "xTP" deve ter seu trajeto o mais reto possível. Se desviarmos um cabo para o septo do meio, poderemos introduzir uma tensão mecânica nesse, o que tende a trazer problemas em médio prazo.

As normas permitem que, ao longo do traçado, o cabo sofra duas curvas longas de 90o. Curvas mais abertas também podem ser feitas, mas os ângulos agudos, inferiores a 90o, devem ser evitados.

Em algumas situações, é necessário que os cabos atravessem paredes, forros, lajes ou pisos. Sempre que isso acontecer, é importante que não se permita o contato direto entre a alvenaria e a capa externa dos cabos.

Assim, podem-se empregar, com grande eficácia, as bainhas de PVC que nada mais são do que curtas seções de canos de PVC instalados por dentro dos orifícios de passagem para bem proteger as capas externas dos cabos. Outra consideração importante é utilizar seções de tubulações com medidas mínimas (diâmetro) de uma polegada (32 mm na conversão de padrões para PVC).

Todas as canaletas, derivações e caixas de outlets (pequenas caixas de superfície nas quais são montadas as tomadas fêmeas na área de trabalho) devem ser fixadas com buchas e parafusos de 5,0 ou 6,0 mm de diâmetro e, o mais importante, devem ser instaladas sempre numa distância igual ou superior a 30 cm do piso. Veja bem se não há algum obstáculo que impeça tal procedimento. Empregar uma distância de 35 cm a partir do piso é uma boa ideia.

A estrutura de sustentação e proteção do cabeamento precisará de outras peças além das canaletas. Precisaremos de caixas de abrigo, os outlets de 75 x 75 x 42 mm (é a mais alta, devemos evitar a mais baixa), joelho (ou cotovelo) interno de 50 x 20 mm, derivação de 50 x 20 mm, luva 50 x 20 mm, todos do Sistema X.

Nas caixas de abrigo dos outlets, usaremos duas configurações possíveis. A primeira é formada por uma placa de moldura para dois módulos, um módulo cego e um módulo RJ-45 fêmea; e a segunda usa uma placa de moldura e dois módulos RJ-45 fêmea. As configurações desse tipo de módulo de superfície variam muito conforme o fabricante. Eles podem abrigar entre uma e seis tomadas RJ-45 fêmea na área de trabalho.

Com a primeira configuração, teremos uma tomada de rede, ou, pela norma, um Ponto de Telecomunicação, que poderá atender a uma área de até 5m2; e com a segunda, teremos a chamada tomada dupla, ou dois Pontos de Telecomunicação, atendendo a até 10m2.

A partir daqui, entraremos numa maior especificidade dos nossos equipamentos e métodos empregados, por isso, é bom lembrarmos que estamos fazendo uma hipotética rede prática, simples e eficiente. O custo dessa rede tem que ser acessível e isso também faz parte do desafio, afinal, trata-se de uma rede de pequeno porte com cabeamento estruturado, a um custo acessível e sem agredir as normas técnicas.

Um item muito importante na nossa rede é a tomada de rede. Esses Pontos de Telecomunicações, como são chamados, foram feitos com módulos RJ-45 fêmea. Atualmente, as soluções desse tipo de componente são muito parecidas entre os diferentes fabricantes.

Nesse ponto, as normas não ditam, enfaticamente, como uma tomada fêmea tem que ser fabricada. Existem padrões de dimensões e padrões técnicos dinâmicos para desempenho.

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