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arrow_back Aula 07 - Acionamento eletrônico de motores elétricos

2.2 Princípio de funcionamento

Entender o funcionamento dessa chave é importante para construir uma base sólida de conhecimento, a partir da qual você poderá usar o equipamento extraindo dele o melhor desempenho e controle, quando aplicado ao acionamento dos motores elétricos.

Para iniciar nossos estudos, falaremos um pouco sobre um dos principais componentes da chave: o tiristor SCR. O SCR (Silicicon Controlled Rectifier) pode ter suas representações física, esquemática e simbólica vistas na Figura 03.

Representações do SCR

(a) física, (b) esquemática e (c) simbologia.

Fonte: Adaptado de WEG S. A. (2016).

O controle do ângulo de disparo do tiristor é feito através do gate, ou gatilho, como é conhecido, e permite controlar a tensão média aplicada à carga, controlando, assim a corrente e a potência desta. Na sequência, observaremos a forma de onda da tensão em uma das fases do motor durante quatro instantes diferentes. A partir deles, é possível observarmos que, ao se reduzir o ângulo de disparo dos SCR, ou seja, o tempo em que o gate ficará acionado, a tensão a ser aplicada no motor aumenta, fazendo a corrente no motor também aumentar.

Imagens do ângulo de disparo de um SCR

Na Soft-Starter, o controle da tensão tem de ser feito nos dois sentidos da onda senoidal da tensão, como visto na Figura 04. Assim, devemos utilizar a configuração antiparalela de dois SCR por fase. Na Figura 05 temos a representação do circuito de uma fase da Soft-Starter, no qual aparecem dois SCR instalados de maneiras opostas, com o objetivo de conduzir a corrente nos dois sentidos da onda senoidal.

Representação de dois SCR em antiparalelo

A seguir, vemos um diagrama simplificado do circuito de potência de uma Soft-Starter. Nessa figura, podemos observar o uso dos pares de tiristores em antiparalelo para cada fase do circuito.

Representação dos SCR no circuito de força do motor

Mediante um circuito de controle para os disparos dos tiristores, a tensão a ser aplicada no motor pode ir aumentando linearmente, tendo, como consequência, um controle da corrente de partida do motor. Ao final da partida, o motor terá sobre seus terminais praticamente toda a tensão da rede aplicada.

Por fim, temos o funcionamento da Soft, que está baseado na utilização de tiristores na configuração antiparalelo, comandada através de uma placa eletrônica de controle, cujo objetivo é controlar a tensão que alimentará o motor. Essa estrutura é apresentada na Figura 07.

Diagrama de bloco simplificado

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