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O uso dos semicondutores na eletrônica de potência possibilitou controlarmos a velocidade de motores de indução. Esses semicondutores são chamados de transistores de potência, para os quais existem várias tecnologias de fabricação. O transistor mais utilizado é o chamado Transistor Bipolar com Porta Isolada- IGBTs (Insulated Gate Bipolar Transistor).
Como já visto em aulas anteriores, a velocidade de um motor de indução é obtida a partir da seguinte equação:
Onde:
$ n $ - Velocidade do motor em (rpm),
$ f $ - Frequência da rede elétrica (Hz),
$ S $ - Escorregamento dado em (decimal),
$ P $ - Pares de polos do motor.
Analisando a equação acima, fica fácil compreender que a velocidade nominal de um motor está relacionada a três variáveis: f – Frequência da rede elétrica (Hz); s – Escorregamento dado em (decimal); e p – Pares de polos do motor.
As variáveis escorregamento e número de polos do motor não são fáceis de serem alteradas, porque essa operação, além de ser muito complicada e trabalhosa, necessitaria de intervenção diretamente na construção das bobinas do motor. Por outro lado, se variarmos apenas a frequência da rede elétrica, não necessitaríamos da intervenção interna no motor, porém, conseguiríamos alterar a velocidade deste.
Agora, veja como conseguir alterar a tensão e a frequência fornecidas ao motor através de um dispositivo eletrônico. Na Figura 12 observamos o comportamento das ondas senoidais da tensão para duas frequências diferentes em um mesmo intervalo de tempo.
Em virtude do avanço tecnológico que ocorreu devido à descoberta e ao uso dos semicondutores e à introdução da eletrônica de potência no processo de acionamento das máquinas elétricas de indução, é possível variarmos o valor da frequência da rede elétrica que alimenta o motor. Essa variação se consolidou mediante o inversor de frequência, o qual fez uso dos semicondutores a fim de alterar a frequência de alimentação para o motor e ter como consequência a variação e o controle da velocidade nominal dos motores.
No diagrama de blocos da Figura 13 podemos observar os componentes do inversor de frequência. O retificador gera uma tensão contínua que é posteriormente filtrada e introduzida no bloco seguinte, chamado de Inversor.
Como você pode perceber, o bloco inversor executa o chaveamento da tensão contínua, ou seja, liga e desliga-a as chaves em uma frequência da ordem de KHz, para, então, alimentar com essa tensão o motor. O inversor é composto por seis chaves, Ch1 a Ch6 implementadas numa configuração apresentada na Figura 14.
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