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arrow_back Aula 07 - Acionamento eletrônico de motores elétricos

3. Inversor de frequência

O uso dos semicondutores na eletrônica de potência possibilitou controlarmos a velocidade de motores de indução. Esses semicondutores são chamados de transistores de potência, para os quais existem várias tecnologias de fabricação. O transistor mais utilizado é o chamado Transistor Bipolar com Porta Isolada- IGBTs (Insulated Gate Bipolar Transistor).

3.1 Princípio de funcionamento

Como já visto em aulas anteriores, a velocidade de um motor de indução é obtida a partir da seguinte equação:

$$ n = \frac{120 \cdot f}{P} \cdot (1 - S) $$

Onde:

$ n $ - Velocidade do motor em (rpm),

$ f $ - Frequência da rede elétrica (Hz),

$ S $ - Escorregamento dado em (decimal),

$ P $ - Pares de polos do motor.


Analisando a equação acima, fica fácil compreender que a velocidade nominal de um motor está relacionada a três variáveis: f – Frequência da rede elétrica (Hz); s – Escorregamento dado em (decimal); e p – Pares de polos do motor.

As variáveis escorregamento e número de polos do motor não são fáceis de serem alteradas, porque essa operação, além de ser muito complicada e trabalhosa, necessitaria de intervenção diretamente na construção das bobinas do motor. Por outro lado, se variarmos apenas a frequência da rede elétrica, não necessitaríamos da intervenção interna no motor, porém, conseguiríamos alterar a velocidade deste.

Agora, veja como conseguir alterar a tensão e a frequência fornecidas ao motor através de um dispositivo eletrônico. Na Figura 12 observamos o comportamento das ondas senoidais da tensão para duas frequências diferentes em um mesmo intervalo de tempo.

Ondas senoidais da tensão para frequências diferentes

Em virtude do avanço tecnológico que ocorreu devido à descoberta e ao uso dos semicondutores e à introdução da eletrônica de potência no processo de acionamento das máquinas elétricas de indução, é possível variarmos o valor da frequência da rede elétrica que alimenta o motor. Essa variação se consolidou mediante o inversor de frequência, o qual fez uso dos semicondutores a fim de alterar a frequência de alimentação para o motor e ter como consequência a variação e o controle da velocidade nominal dos motores.

No diagrama de blocos da Figura 13 podemos observar os componentes do inversor de frequência. O retificador gera uma tensão contínua que é posteriormente filtrada e introduzida no bloco seguinte, chamado de Inversor.

Diagrama de bloco do inversor de frequência

Como você pode perceber, o bloco inversor executa o chaveamento da tensão contínua, ou seja, liga e desliga-a as chaves em uma frequência da ordem de KHz, para, então, alimentar com essa tensão o motor. O inversor é composto por seis chaves, Ch1 a Ch6 implementadas numa configuração apresentada na Figura 14.

Representação dos IGBTs em um inversor.

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