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arrow_back Aula 01 - Introdução aos Microcontroladores – Parte I

Primeiro caminho

O primeiro caminho e menos flexível envolve o uso de CIs – circuitos integrados padrões, normalmente disponibilizados pela indústria, nas tecnologias de fabricação de dispositivos (TTL e CMOS) de baixa escala de integração (SSI – Small Scale Integration), de média escala de integração (MSI – Media Scale Integration) e de alta escala de integração (LSI – Large Scale Integration).

Os termos SSI, MSI e LSI são diferenciados pelo número de portas lógicas, as quais foram vistas na disciplina de Circuitos Digitais, usadas na fabricação de um circuito integrado. Só para relembrar, a Tabela 1 mostra em que faixa de integração, segundo esse critério, um circuito integrado pode se enquadrar.

Nível de integração Acrônimo Número de portas (gates) por CI.
Integração em Pequena Escala SSI Menor que 10
Integração em Média Escala MSI De 10 a 100
Integração em Larga Escala LSI De 100 a 10.000
Integração em Muito Larga Escala VLSI Acima de 10.000
Tabela 1 – Quantidade de portas por nível de integração dos circuitos integrados

Talvez você ainda não tenha tido a oportunidade de trabalhar com os integrados de muito alta escala de integração, os VLSI (Very Large Scale Integration). Isso é o que faremos nessa disciplina, ao desenvolvermos projetos com alguns integrados dessa classe: os microcontroladores. Considerando o espetacular aumento no número de portas por CI, já surgem inclusive novas designações tais como UVLSI (Ultra Very Large Scale Integration).

Os circuitos e sistemas digitais implementados a partir do uso de dispositivos padrões nas três menores faixas de integração oferecem pouquíssima flexibilidade, nenhuma reprogramabilidade e pouca possibilidade de reuso. É o que se costuma chamar de circuitos em lógica fixa, puramente implementada em hardware.

O desenvolvimento de protótipos usando esses dispositivos padrões de mais baixa integração é feita normalmente em matrizes de pontos ou protoboards, como o mostrado na Figura 1(a), e que você fatalmente já utilizou em práticas realizadas em disciplinas anteriores, fazendo montagens, às vezes não muito ordenadas, como a mostrada na Figura 1(b).

(a)
(b)
Figura 1 - (a)Matriz de contato; (b) Matriz de contato com montagem de um circuito sensor de alarme
Fonte: <http://www.ppgia.pucpr.br/~santin/ee/2005/3s/2/sensor_alarme_protoboard.JPG Acesso: 9 abr. 2012.>

Dica

Uma dica importante: quando se trabalha com matrizes de contato os fios devem ser cortados de tamanho suficiente para ligar os dois pontos desejados, não devem passar sobre os componentes e, os pontos de contato descascados dos fios devem ser de tamanho suficiente para garantir o contato elétrico com a sua trilha.

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