DSP VS Microcontrolador

Na realidade, os limites de aplicabilidade destes três componentes não são tão bem definidos como mostra o Quadro 1. Por exemplo: o projeto de um sistema embarcado que exija um complexo tratamento matemático, mesmo que não envolva o processamento digital de sinais, pode ser melhor resolvido com um DSP do que com um microcontrolador.

Em contrapartida, o projeto de um sistema de controle digital, mesmo envolvendo o processamento digital de sinais, sem grandes exigências de cálculo, pode ser melhor resolvido, com custos bem mais reduzidos, com um microcontrolador do que com um DSP.

Alguns dos principais microprocessadores disponíveis no mercado são o Pentium, fabricado pela Intel, o Athlon, fabricado pela AMD, e o Cortex, licenciado pela ARM, usados como CPUs dos atuais microcomputadores, notebooks e tablets. Para ver que outros microprocessadores são fornecidos por esses três fabricantes, visite os sites <http://www.intel.com/?pt_BR_01>, <http://www.amd.com/br/> e <http://www.arm.com/>.

Muitas empresas fabricam e distribuem microcontroladores e DSPs. Algumas delas são: a Texas Instruments, com a linha de microcontroladores de baixo consumo MSP; a Atmel, com as linhas MegaAVR e TinyAVR; e a Microchip que se destaca principalmente na distribuição de microcontroladores universalmente conhecidos por PICs (abreviatura de controladores de interfaces periféricas).

Embora de lógica de hardware fixa, os sistemas digitais projetados com o uso de processadores são bem mais flexíveis que os referenciados no primeiro caminho, uma vez que permitem a reprogramabilidade de suas funcionalidades por linguagens de software.

Quando se usa microcontroladores, que são como dito anteriormente, microcomputadores em um chip (já que eles incorporam uma CPU simples, pequena quantidade de memória, para programas e dados, e algumas unidades periféricas – isso será visto com maiores detalhes em aulas próximas) a tarefa de desenvolver aplicativos e sistemas dedicados, ou seja, sistemas projetados para executar uma única e específica tarefa, fica extremamente facilitada.

Essa facilidade de desenvolver sistemas dedicados se prende ao fato de que a programação de um microcontrolador é muito simples (e bota simples nisso), são extremamente baratos (já que em um único chip já se têm unidades de memória e unidades de E/S) e por consequência de pequeno tamanho, viabilizando-os para o uso intensivo no projeto de sistemas embarcados.

Você sabe o que são sistemas embarcados?

Caracterizam-se como sistemas embarcados as seguintes ideias:

Segundo Peter Marwedel (da Universidade de Dortmund – Alemanha) são todos os “sistemas que processam informação, embarcados em produtos maiores”;

Já para Frank Vahid (Universidade da Califórnia – EUA) “embora difícil de definir, é qualquer sistema computacional, exceto um computador desktop, embutido dentro de outro dispositivo eletrônico”.