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O circuito eletromagnético de um contator consta essencialmente de três partes: o núcleo de ferro fixo com uma mola, outro núcleo de ferro móvel, chamado de armadura, e uma bobina. Esta bobina pode operar com correntes contínua ou alternada, conforme podemos visualizar na Figura 08.
Quando a bobina é atravessada pela corrente elétrica, é gerado um campo eletromagnético que atrai a parte móvel (armadura), onde os contatos móveis se situam. Este movimento gerado une os contatos fixos com os móveis, os que antes estavam abertos fecham-se e os que estavam fechados são abertos.
No mercado existem bobinas que podem ser alimentadas na tensão de 380 V (fase + fase), ou preferencialmente inferior, como 220 V fase e neutro, ou ainda, reduzida por transformador ou fornecida por outra fonte de alimentação com valores de até 24 V. Além disso, a bobina é calculada de tal forma que permita uma variação em sua tensão de alimentação da ordem de 85 a 110 % da nominal.
Ao ser ligada a bobina à corrente alternada, cada vez que o fluxo for zero, a armadura tende a se separar do núcleo com uma frequência dupla da frequência da rede (120 vezes por segundo). Esse tempo é muito curto para que haja uma separação definitiva entre a armadura e o núcleo, mas é suficiente para originar um ruído e uma vibração que, de forma continuada, danificará o contator. Para contornar esse inconveniente colocam-se nas colunas laterais do núcleo duas espiras denominadas shunt, que têm por função fornecer um fluxo a circuito magnético quando a bobina não o produzir.
O sistema de Sopro tem a função de eliminar o arco elétrico formado no interior da câmara de extinção de arco do contator, quando ocorre o desligamento do contator que estava em operação provocando a abertura dos contatos. Este desligamento é sempre acompanhado pela formação de um arco voltaico. Para que as peças em contato não sejam danificadas nessa operação, deve-se reduzir o arco ou eliminá-lo o mais rápido possível.
Com o início do afastamento das peças que estavam em contato na operação de desligamento, a corrente passa a circular de um contato para o outro através de uma estreita área de contato. A corrente que passa por essa pequena área aquece intensamente o material dos contatos, provocando fusão e posterior vaporização.
A conexão é então desfeita e a corrente circulará através do arco voltaico. O arco vai aumentando à medida que os contatos vão se afastando até uma distância que pode chegar a 2 mm, provocando nos pontos de nascente dos arcos (peças de contato) uma queima. Apenas com o aumento da distância entre as peças de contato é que o arco sofre um deslocamento e, com auxílio do seu próprio campo magnético, é empurrado para fora das peças de contato, aumentando o seu comprimento.
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