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Quantas vezes você já ouviu a seguinte frase:
- Nossa, gostaria muito de sair com vocês, mas eu tenho que jogar agora. Que saco!
Eu mesmo, nunca ouvi. Não, não estou falando de deixar de sair com os amigos para jogar, isso eu já vi bastante. O que nunca ouvi foi uma pessoa falar que deve jogar. Até porque, quando estudamos a definição de um jogo, ficou claro que ele é uma atividade voluntária, não é mesmo?
Qual resposta você acha que escutaria para a pergunta: -Por que você joga? Provavelmente seria apenas uma palavra: diversão. Só que diversão é um conceito complicado, muito subjetivo. Algo divertido para você pode não ser divertido para mim. Lembra aquela quantidade de gêneros que vimos nas aulas passadas? Pois é, a ideia é tentar suprir diversão para todos os gostos! Então deve ter alguma coisa a mais, algum aspecto é levado em conta na construção do jogo que o deixa tão apelativo. Se ninguém é obrigado a jogar, por que tantas pessoas jogam, e por várias horas na semana?
Os jogos existem desde os tempos antigos, com registros de atividades de lazer moldadas como brincadeiras e jogos. Ora, poderíamos argumentar que os jogos não são atividades exclusivas dos humanos!
Lá vem esse povo viciado em Arquivo X! Não estou falando de alienígenas, e sim dos animais. Se você tem um cachorro ou gato, já deve ter entendido o que estou falando: cachorros adoram brincar de cabo de guerra com a sandália dos seus donos, enquanto gatos gostam de atacar novelos de lãs (e minhas calças, por sinal). Essas brincadeiras na verdade têm um propósito de treinar a coordenação dos pequeninos para as tarefas naturais de caça que eles desenvolverão quando adultos. E a palavra aqui é treinamento. Assim como os animais, vários jogos criados por nós têm o intuito de nos ajudar a treinar uma habilidade específica, seja ela física (desde brincadeiras infantis até os jogos esportivos) ou mental (jogos de estratégia, jogos de probabilidade).
Muitas vezes esses jogos são usados como uma forma de comprovar quem tem maior habilidade em desempenhar alguma tarefa ou não. Isso normalmente é feito na forma de competições - e esse seria um outro motivo pelo qual jogos são criados. Mesmo que não seja uma competição oficial como as Olímpiadas, o fato dos jogos terem sistemas de pontuação, placares e rankings são formas de um jogador comprovar a habilidade que possui em comparação com outros jogadores.
Outros jogos são criados com uma ideia mais colaborativa, em que as pessoas interagem para alcançar um objetivo comum. Esses jogos são voltados para aspectos mais sociais e buscam valorizar o trabalho em equipe e a comunicação entre os membros. Jogos de tabuleiro são ótimos nesse sentido, mesmo com foco mais competitivo. Já os jogos digitais eliminam as barreiras geográficas e permitem que jogadores geograficamente distantes possam interagir como se estivessem no mesmo lugar!
Muitas vezes os jogos servem também como uma válvula de escape para o dia a dia cansativo. Depois de horas estudando, passada aquela semana de provas, é normal querer “desopilar” um pouco e aproveitar algumas aventuras em um reino mágico bem distante.
Rapidamente, identificamos aqui quatro motivos que poderiam justificar porque uma pessoa joga. Com certeza você já deve estar pensando em outros! Vamos estudar agora um modelo que nos ajudará a entender mais sobre as necessidades das pessoas e o que as motivam a buscar seus objetivos, na vida e nos jogos!
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