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Vamos agora ver como realizar os três passos que citamos anteriormente para compartilhar uma pasta.
Passo 1.
Para exportar uma pasta basta inserir uma linha para ela no arquivo /etc/exports, conforme mostrado a seguir.
Figura 8 - Arquivo /etc/exportsO * significa que qualquer máquina da rede pode montar essa pasta. Ao invés do asterisco poderia ter sido colocado um endereço IP, por exemplo. Nesse caso, apenas a máquina informada poderia montar a pasta.
O “rw” significa que o cliente pode ler e escrever na pasta. Se você desejasse que os clientes pudessem apenas ler o conteúdo da pasta, bastava informar “ro” ao invés de “rw”.
A opção “sync” significa que as operações solicitadas pelo cliente sejam executadas imediatamente.
A opção “root_squash” significa que o usuário root da máquina cliente não terá direito de root nessa pasta. Ou seja, ele se comportará como um usuário comum.
A opção no_subtree_check desativa algumas checagens que o servidor faz para ter certeza que o cliente está acessando um arquivo/pasta dentro da pasta exportada. Apesar de essa checagem aparentemente melhorar a segurança, pode-se gerar mais problemas que benefícios quando ocorrem muitas alterações na pasta exportada (criar/apagar arquivos e pastas). Por isso, é mais comum utilizar a opção no_subtree_checkpara desativar essas checagens.
Depois de inserir a linha mostrada no arquivo, basta executar o comando a seguir para ativar o compartilhamento.
exportfs -a
Se quiser ver as pastas compartilhas atualmente, digite o mesmo comando sem o “-a”.
Além disso, para cancelar o compartilhamento, basta digitar o comando “exportfs –u *:/home/maria” (depois apague a linha do arquivo /etc/exports referente a pasta que não deseja mais compartilhar). O * informado nesse comando tem a mesma função que tinha na linha da Figura 8, ou seja, identificar os ips dos clientes.
Passo 2.
Crie o ponto de montagem na máquina cliente. Ou seja, crie a pasta local para a pasta remota a qual estará associada. Depois modifique o proprietário e o grupo dela. Esse dois procedimentos são mostrados a seguir.
mkdir /home/maria
chown maria:alunos /home/maria
Naturalmente, essa máquina deve estar configurada para autenticar no servidor LDAP para poder reconhecer os usuários (no caso maria).
Passo 3.
A máquina cliente precisa instalar o programa a seguir.
apt-get install nfs-common
Depois, basta fazer a associação da pasta local com a pasta remota. Para isso, insira a linha a seguir no arquivo /etc/fstab da máquina cliente.
Figura 9 - Linha a ser adicionada ao arquivo /etc/fstab.O texto “10.1.1.1:/home/Maria” indica a pasta remota e a máquina onde ela está. O texto seguinte “home/Maria” é o nome da pasta local que ficará associada à pasta remota. Depois temos “nfs”, que indica o tipo de sistema de arquivos. Os demais parâmetros são para melhorar o desempenho, além de não travar a máquina cliente caso a conexão com o servidor pare de funcionar.
Você pode usar sempre esses mesmos parâmetros, alterando, evidentemente, o IP do servidor e os nomes das pastas.
Quando a máquina for reiniciada, o arquivo /etc/fstab será lido e a pasta será montada. Entretanto, você provavelmente não vai querer reiniciar seu servidor só porque está compartilhando uma pasta.
Por isso, você pode executar o comando a seguir para ativar a configuração imediatamente, ou seja, para montar a pasta remota localmente, conforme indicado no arquivo /etc/fstab.
mount -a
Pronto! Agora pode acessar a pasta local /home/Maria que na verdade estará acessando a pasta do servidor.
Voltando ao exemplo que tínhamos utilizado para testar a autenticação do LDAP no cliente, Maria pode agora fazer ssh para a própria máquina cliente. Após o login, ela estará na sua pasta, e se ela digitar o comando ls,o resultado apresentado seria o mostrado a seguir.
Assim sendo, as pastas docs e mp3 que estão no servidor aparecem como se estivessem na máquina local.
ls /home/maria
docs mp3
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