Ignorância ou má-fé

Quanto mais curvas um cabo sofrer da estrutura de passagem, maiores serão as chances de reprovação na certificação. Com isso, alguns profissionais deixam de fechar e embutir suas tomadas de telecomunicações da área de trabalho para que a porção terminal do cabo não sofra estresse, garantindo uma maior possibilidade de aprovação do cabo.

Muitas vezes os problemas de reprovação de cabos lançados recaem sobre as porções terminais, junto às tomadas de telecomunicações. Quando se fecha ou se embute corretamente essas tomadas da área de trabalho (Figura 12), sempre se acaba produzindo alguma perda de desempenho em função desse manuseio característico. Isso é absolutamente normal, desde que as orientações das normas sejam obedecidas e a perda de desempenho não seja acentuada.

Alguns "profissionais" certificam suas redes com essas tomadas totalmente desmontadas (Figura 13), para garantir o melhor desempenho possível. Isso, bem sabemos, é completamente errado e não refletirá uma situação real de operação da rede.

A última coisa a se fazer em uma nova estrutura de cabeamento é a certificação. E esta deve ser realizada em condições reais de operação de uma rede.

Há ainda um outro detalhe que aqueles "profissionais" podem fazer para garantir uma falsa aprovação dos cabos instalados: basta trocar os line cords e os patch cords, que são feitos originalmente com cabos contendo condutores retorcidos, por trechos de cabos contendo condutores rígidos. Essa atitude poderá representar um ganho de desempenho na ocasião do teste de 3 a 20%, estima-se.

Atividade 25

1. Comente sobre os “erros intencionais” durante os procedimentos de certificação de um link de cabo UTP categoria 6.