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arrow_back Aula 09 - Certificação

Valores de performance dos principais testes propostos para cabos UTP

Os valores exibidos nas tabelas estão expressos em decibéis "dB".

 

Link de 90,0 m

Parâmetros Categoria 5e a 100 MHz Categoria 6 a 100 MHz Categoria 6 a 250 MHz
Atenuação 21,6 19,2 31,8
NEXT 32,0 41,9 35,4
PS-NEXT 29,3 39,3 32,7
ELFEXT 20,0 25,2 17,2
PS-ELFEXT 17,0 22,2 14,2
Perda de retorno 12,1 14,1 11,3

Fonte: Curso de Certificação Nexans.

 

Canal de 100,0 m

Parâmetros Categoria 5e a 100 MHz Categoria 6 a 100 MHz Categoria 6 a 250 MHz
Atenuação 24,0 20,7 34,3
NEXT 30,1 39,9 33,1
PS-NEXT 27,1 37,1 30,2
ELFEXT 17,4 23,2 15,3
PS-ELFEXT 14,4 20,2 12,3
Perda de retorno 10,0 12,0 8,0

Fonte: Curso de Certificação Nexans.

 

Problemas ocorridos na certificação

Na década de 1980, às vezes ocorria de nossa conta telefônica vir com erros nada agradáveis. Nessas ocasiões, normalmente nos dirigíamos a um posto de atendimento da companhia, lá o erro era corrigido e a gentil atendente se desculpava dizendo:

– Desculpe senhor, o erro foi do computador.

Hoje, bem sabemos que esses erros não eram dos computadores, mas sim dos programadores ou operadores.

O fato é que o erro existia e era de origem humana, pois computadores "não erram". Os certificadores também não erram, mas é necessário fazer alguns ajustes antes dos testes serem realizados. Adivinha quem faz esses ajustes?

O operador do certificador pode acabar causando algum erro que prejudique a aprovação dos cabos de uma rede ou, infelizmente, aprovar indevidamente uma instalação de cabos com deficiências, não nos interessando se é de forma voluntária ou não.

Embora seja muito triste, sabemos que há profissionais que "erram" propositadamente para que as estruturas de cabeamento por eles instaladas sejam certificadas e aprovadas.

Vejamos a seguir os principais "erros", que você não vai cometer, tanto por ética quanto por conhecimento.

 

Erros conceituais

Já se sabe que a tecnologia Gigabit Ethernet está no mercado há bons anos, dessa forma, será necessário certificar também os cabos que operarão com essa tecnologia, seja ela a 1 ou 10 Gigabits por segundo.

O que pouco se divulga é que existem dois tipos dessa tecnologia. A mais utilizada, por enquanto, é a 1000Base-T, que funciona com cabos metálicos xTP Categoria 5e em 100 MHz comerciais.

O padrão 1000Base-T utiliza todos os quatro pares de condutores dos cabos, em comunicação bilateral, mas todos eles transmitem ou recebem, não podendo haver comunicação nos dois sentidos simultaneamente. Dessa forma, cada par trabalha com 250 Mbits por segundo.

O outro padrão Gigabit Ethernet é o 1000Base-TX e só funciona corretamente com estrutura de cabeamento Categoria 6. Esse mais novo padrão também funciona com os quatro pares, mas dois são exclusivos para transmissão e os outros dois para recepção. Cada par opera a 250 MHz, trabalhando com 500 Mbits por segundo em uma comunicação bilateral realmente full duplex.

Tudo isso tem que ser levado em consideração, pois no momento de se declarar ao equipamento certificador qual o tipo de cabo empregado, tem que se prestar muita atenção.

Imagine por exemplo que se tenha lançado cabos categoria 6 para 1000Base-TX. Os cabos são testados, certificados e reprovados. Mas talvez eles possam ser aprovados para 1000Base-T, cujos erros são menos críticos. A consequência é que teremos uma estrutura de cabeamento indevidamente certificada para Gigabit Ethernet.

Quem sempre sai perdendo é o cliente, que não é obrigado a saber desses detalhes.

 

Atividade 23

  1. O que ocorre se um operador de certificador definir um padrão de rede 100Base-TX em um cabo categoria 6 no qual operará uma rede em 1000Base-TX?

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