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arrow_back Aula 04 - Arquitetura Internet – Parte I

Arquitetura da Internet

Como vimos anteriormente, o TCP/IP permitiu que diferentes redes fossem interconectadas, o que resultou no surgimento da internet. O objetivo da arquitetura TCP/IP é permitir que todas as redes consigam se comunicar independentemente de sua tecnologia, ou seja, que todas elas juntas formem uma única rede. Como a camada de rede é a responsável pela tarefa de encaminhar os pacotes entre as diversas redes, para que essa comunicação pudesse ocorrer, a estratégia utilizada foi, simplesmente, fazer com que todos os equipamentos utilizassem um único protocolo na camada de rede – o protocolo IP.

Protocolos

Para que duas máquinas possam se comunicar, além do protocolo IP na camada de rede, elas precisam utilizar os mesmos protocolos nas camadas de transporte e aplicação (lembre-se de que a partir de agora estamos falando do modelo TCP/IP e não do modelo OSI, e por isso não citamos as camadas de sessão e apresentação). Entretanto, como durante uma transmissão essas camadas são utilizadas apenas na máquina do transmissor e do destino da mensagem, os protocolos das camadas de transporte e de aplicação não precisam estar instalados em todos os equipamentos no caminho entre essas duas máquinas.

Já falamos várias vezes que a internet é apenas uma grande rede formada pela interligação de diversas redes espalhadas por todo o mundo. Agora, você pode acrescentar a essa definição o fato de que todas essas redes utilizam a pilha de protocolos TCP/IP. Portanto, todas as máquinas (e todos os roteadores) utilizam o protocolo IP na camada de rede.

O protocolo IP, atualmente, funciona em duas versões: a versão 4, que é comumente conhecida, apenas, como IPv4, e a versão 6, que também é abreviada, sendo chamada de IPv6.

Backbones

Suponha que você é o responsável pela área de informática de uma empresa e o seu chefe lhe pede para conectar a rede da empresa à internet. O que você faria? O que significa, realmente, se conectar à internet? Como a internet é apenas um conjunto de diversas redes, se conectar a ela é apenas se conectar a outra rede que já está conectada à internet. Tecnicamente, isso é praticamente a mesma coisa que conectar as redes da matriz e da filial de uma empresa, pois são utilizados os mesmos equipamentos, protocolos e tipos de link. A questão é: “Qual é essa outra empresa à qual eu devo me conectar e que já esteja interligada à internet”?

Embora se fale que a internet não tem dono, isso não significa que não existe nenhum tipo de organização. Em cada país, existem empresas encarregadas de formar backbones cobrindo parte do país, aos quais outras empresas podem se conectar. Algumas empresas se conectam a um backbone apenas para que ela própria tenha acesso à internet, enquanto outras se conectam para venderem o serviço de acesso à internet para outras empresas (e pessoas). Veja que, nesse último caso, essas empresas atuam como intermediárias e se chamam de provedores de acesso à internet, ou, simplesmente, provedor. O item (a) da Figura 1 ilustra o primeiro caso e a Figura 1b mostra o exemplo de um provedor. Vamos representar os roteadores por um “círculo” azul com setas brancas.

 (A) Empresa conectada a um backbone para uso próprio; <br> (B) Provedor de acesso à internet

Podemos citar como alguns dos principais backbones nacionais os seguintes: Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), Embratel e Intelig. Esses backbones possuem ligações entre si, ou seja, as suas redes são interligadas em vários pontos dentro do Brasil. Essas conexões são chamadas pontos de troca de tráfego. Além disso, esses backbones nacionais possuem ligações com backbones de outros países, principalmente dos Estados Unidos e de países da Europa.


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