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arrow_back Aula 02 - Características e introdução à programação

Simbologia

O CLP não entende terminologias como chaves, relés, etc., porém interpreta simbologias de entradas, bobinas de saídas, entre outros. Devido a isso a linguagem Ladder converte a simbologia em uma linguagem que a CPU entenda.

A tabela a seguir ilustra os principais contatos utilizados na linguagem Ladder:

Símbolo Nome Descrição
Contato aberto (NA) Contatos normalmente abertos são aqueles contatos que em seu estado de repouso não “deixa” conduzir energia;
Contato Fechado (NF) Contatos normalmente fechados são aqueles contatos que em seu estado de repouso “deixa” conduzir energia;
Bobina É ativada quando a combinação de contatos, que há na entrada, permite. Sua análise é a seguinte: “1” para bobina energizada e “0” para bobina desenergizada.
Bobina (SET) Uma vez ativada não pode ser desativada, a não ser que seja dado um comando de “RESET”.
Bobina (RESET) Permite desativar uma bobina “SET” previamente ativada.

É importante lembrar que o estado ativado (ligado) de uma entrada ou saída corresponde a “1”. Já para o estado desativado (desligado) de uma entrada ou saída corresponde a “0”.

Lógica de programação Ladder

Para o programador de CLP é extremamente necessário que o mesmo tenha sempre um “raciocínio lógico” para entendimento e desenvolvimento de um programa. Deste modo, as funções lógicas são estudadas em todos e quaisquer elementos e a combinação entre os contatos NA e NF servem de importante orientação para o projetista e programador de circuitos lógicos. Vejamos um exemplo de programação, bem como sua “tabela verdade” dos estados lógicos das entradas e saídas, para clarear nossas ideias:

Veja o exemplo de um acionamento simples de uma Lâmpada (Lamp) através de uma botoeira de impulso ($B_1$) conforme figura 15, bem como seu esquema de ligação para esta lâmpada conforme figura 16:

Ambiente de programação em Ladder para acionamento simples de uma lâmpada.
Montagem do hardware do CLP para o acionamento simples de uma lâmpada.

Observações

Sem muita complicação, vemos que a botoeira é representada pelo bloco de contato aberto (NA), que por sua vez está interligada com a entrada digital ($I_{0,0}$). Já a lâmpada está representada por uma saída digital do CLP que também está representada pela bobina ($Q_{0,0}$).

De acordo com a tabela verdade no estado “0” da botoeira a saída também é 0”, ao se mudar o estado da botoeira para “1” a saída também muda para “1”.

Portanto, Lê-se da seguinte forma:

“Ao pressionar a botoeira B1 o contato permite conduzir energia alimentando, assim, a bobina Q1, que acenderá a lâmpada (estado 1). Ao soltar a botoeira a energia deixa de ser conduzida e a lâmpada apagará (estado 0).”

Contudo, para programar deve-se interpretar. Interpretar significa obedecer a sequência de funcionamento do sistema, senão vejamos:

  • Como se faz para manter a saída (Lamp) ativada?
  • Se impormos condições tais como: a necessidade de pressionar não uma, mas duas botoeiras para ativar a saída, como a colocamos no ambiente de programação?
  • Uma vez ativada, como desativamos a saída (“desligamos a lâmpada”)?

Para viabilizar estas respostas é que precisamos entender a lógica de programação. Para isso é estudada a “lógica booleana”. É a combinação entre os contatos NA e NF que servem de importante orientação para o programador de circuitos lógicos.

A seguir estudaremos um pouco sobre algumas dessas funções lógicas.

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