Outros equipamentos de armazenamento

Um outro tipo de servidor de discos, bastante utilizado em redes de pequenas corporações, é o chamado NAS (Network Attached Storage) ou Armazenador Ligado à Rede. Trata-se de um computador servidor convencional, mas com diversas baias para discos, nos quais o espaço total de armazenamento é compartilhado com os outros servidores da rede. A Figura 4 exibe um exemplo de servidor NAS, o Dell PowerEdge R820, que suporta até 16 discos de 2,5 polegadas do tipo SATA, SAS ou SSD.

Além de possuir muito mais baias de discos do que um servidor convencional, esses servidores NAS também vêm com uma placa controladora de disco, a qual cria e gerencia os esquemas de redundância RAID, além de permitir a troca à quente de qualquer disco defeituoso, o que garante alta confiabilidade e disponibilidade nessa solução de armazenamento.

Para o armazenamento tier 3 – backups (cópias de segurança) ou arquivos mortos (as informações não sofrerão mais alterações ao longo do tempo) – o tipo de mídia mais recomendado é a fita magnética, por ter uma excelente longevidade combinada com uma alta capacidade. Uma simples fita LTO-8, padrão mais recente disponível no mercado, é capaz de armazenar 12 TB (terabytes) de dados, o que equivale a 492 discos de Blu-ray (Single Layer de 25 GB) ou 2.614 discos de DVD (Single Layer de 4.7 GB). Se os arquivos estiverem comprimidos, essa capacidade aumenta para até 30 TB.

O equipamento gravador e leitor de fitas magnéticas normalmente é chamado de Tape Library (Biblioteca de Fitas), visto que geralmente ele manuseia dezenas de fitas de forma automática. A Figura 5 mostra um exemplo desse tipo de equipamento, o HP StorageWorks MSL4048, presente nos Data Centers da UFRN.

Essa tape library possui quatro gavetas, nas quais são comportadas, em cada uma, até 12 fitas LTO, correspondendo a um total de até 48 fitas inseridas nela. Toda a gerência de uso das fitas é feita automaticamente pelo equipamento, e o administrador apenas observa através de um software como está o status de cada fita. É possível determinar que cada arquivo tenha um certo tempo de vida e que, após esse tempo, o espaço ocupado pelo arquivo na fita possa ser reaproveitado. Isso facilita a gerência de backups incrementais por períodos de tempo (dias, semanas, meses, etc.).