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O HD (HD – hard disk – disco rígido) é um dos componentes mais antigos do mundo dos computadores. Isso porque os computadores sempre tiveram a necessidade de armazenar de maneira persistente (não volátil) os dados que eles processam.
Na evolução dos discos rígidos, o principal aspecto considerado sempre foi a velocidade de leitura e gravação do HD, visto que essa velocidade é muito inferior à da CPU do computador, deixando o HD como um verdadeiro “gargalo” no processamento dos dados. Por ser um dispositivo mecânico – discos ou pratos magnéticos girando para uma cabeça de leitura percorrer toda a sua superfície – os HDs impõem um limite considerável no desempenho de qualquer computador. Além disso, a própria interface de intercâmbio de dados do HD com o barramento da placa-mãe determina a forma e a taxa máxima de transferência de dados entre eles.
A tabela a seguir apresenta a evolução dos discos rígidos e suas respectivas interfaces de ligação com o restante do computador, mostrando, para cada tipo de interface, a velocidade máxima de leitura/escrita em megabytes por segundo.
Padrão de Interface | Banda aproximada |
PATA (Parallel ATA) | 33MB/s, 66MB/s, 100MB/s e 133MB/s |
SATA (Serial ATA) Rev. 2.0, 3Gbps | 300MB/s |
SCSI (Small Computer System Interface) Ultra-320 | 320MB/s |
SATA (Serial ATA) Rev. 3.0, 6Gbps | 600MB/s |
FC (Fibre Channel) 8 Gbps | 800MB/s |
SAS (Serial Attached SCSI) | 1200MB/s |
Atualmente, a tecnologia de armazenamento em disco mais veloz e, também, mais cara é chamada de Unidade de Estado Sólido (SSD – Solid State Drive). Apesar de uma unidade SSD parecer um HD convencional, a única diferença física que podemos notar entre ambos são os seus pesos, sendo o SSD muito mais leve. Isso porque internamente não há qualquer componente mecânico giratório, apenas chips de memória flash, similares aos utilizados em cartões de memória de câmera fotográfica e pen drives.
A Figura 1 mostra os componentes internos de um HD convencional e de uma unidade SSD, ambos de 2,5 polegadas.
Além de velocidade, outra grande vantagem da unidade SSD é o baixo consumo de energia, se comparada aos HDs convencionais. A razão para isso é, mais uma vez, não usar componentes mecânicos giratórios que exigem considerável energia para funcionar. Assim, é muito comum encontrarmos nos notebooks mais avançados do mercado uma unidade SSD como dispositivo único de armazenamento, o que faz aumentar consideravelmente a autonomia de suas baterias.
As únicas desvantagens das unidades SSD em relação ao HDs convencionais são a capacidade de armazenamento e preço. Veremos na seção seguinte que, para otimizar ao máximo toda a capacidade de armazenamento dos HDs e SSDs em um Data Center, são estabelecidas também categorias (ou tiers) para o armazenamento de dados.
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