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arrow_back Aula 06 - Tecnologias de Processamento e Virtualização

Terminal Leve

Assim como na primeira geração da computação, em que os mainframes eram acessados pelos chamados “terminais burros”, a Computação em Nuvem está trazendo de volta esses terminais. Naquela época, eles eram chamados de burros porque não possuíam qualquer capacidade de processamento local, visto que tudo era enviado e processado pelo mainframe. Sua função era basicamente mostrar o texto de saída com o resultado desse processamento.

Atualmente, os terminais são chamados de “leves” porque são basicamente computadores tradicionais, mas com baixa capacidade de recursos, por isso podem ser pequenos e leves. Para tanto, a primeira mudança foi retirar o HD e colocar uma memória flash de até 4GB de capacidade de armazenamento. A segunda mudança foi utilizar um processador de baixa capacidade, mais barato, com baixo consumo de energia e, consequentemente, baixa emissão de calor, eliminando a necessidade de ventoinha (cooler) para dissipação desse calor. Assim, um terminal leve típico, como os modelos vistos na Figura 8, é internamente composto de apenas uma placa-mãe com tudo já integrado a ela (memória RAM, placa de vídeo, placa de som e placa de rede), a qual não possui nenhuma parte mecânica.

Alguns modelos de Thin Clients usados na UFRN.

Isso traz diversas vantagens aos thin clients, se comparados aos desktops tradicionais. Entre elas, podemos destacar:

  • Baixo consumo de energia: por não possuir motores giratórios (ventoithin nhas e HD), o consumo se restringe ao da placa de circuitos integrados, o qual é muito baixo. Há modelos de thin client que são integrados ao monitor LCD, e o conjunto todo, incluindo o teclado e o mouse, é alimentado pelo cabo de rede usando a tecnologia PoE (Power over Ethernet).
  • Não emite calor: como o processador é de baixa potência e quase não se realiza processamento local, a CPU dissipa pouquíssimo calor. Isso exige menos do sistema de ar condicionado, mesmo com uma sala cheia de thin client ligados.
  • Sem ruído: como ele não possui ventoinhas para dissipação do calor, não há qualquer ruído no funcionamento de um thin client. Dá para saber que ele está ligado somente observando seu LED de power aceso.
  • Durabilidade: como a parte interna de um thin client se resume a apenas uma placa de circuitos integrados, a expectativa de vida útil desse equipamento é de 15 anos! Observe que também podemos ter longevidade do software para os usuários, pois é possível rodar a última versão do Windows 10 e as futuras versões como máquina virtual do Data Center, cabendo ao terminal apenas acessar essa MV.
  • Facilidade de administração: como nada é armazenado no thin client, é muito fácil instalar e substituir a qualquer momento os terminais nas mesas dos usuários. Toda a administração dos softwares os quais o usuário utilizará é feita pelo software de VDI, comentado na seção anterior.

Como desvantagem dos thin client, poderíamos destacar:

  • Altíssima dependência da rede: tudo o que é feito pelo usuário no thin client é enviado pela rede até a sua máquina virtual, a qual está no Data Center, e volta para tela do thin client. Assim, seu funcionamento depende totalmente da rede. Qualquer problema na rede afeta diretamente a experiência do usuário no uso do terminal. Portanto, é imprescindível uma rede com uma boa velocidade e estabilidade para que os thin clients possam substituir com qualidade os desktops tradicionais.
  • Custo inicial: apesar do thin client ser muito inferior, em termos de hardware, a um computador desktop tradicional, essa inferioridade não se reflete no preço, pois o thin client custa cerca de 80 a 100% a mais que um computador convencional. Esse custo inicial elevado é compensado pela sua longevidade e pelo seu baixo TCO (Total Cost of Ownership – Custo Total de Propriedade), o qual soma todos os custos com manutenção e administração do parque instalado.

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