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arrow_back Aula 13 - Gerenciamento de Redes – Parte I

O Protocolo SNMP

Comunicação entre o Gerente e os Agentes

Quando se pensa em como seria de fato o gerenciamento de uma rede, em termos dos papéis que cada máquina desempenha, é natural imaginar que temos uma máquina principal de onde o administrador da rede realiza a gerência da rede, ou seja, solicita informações às máquinas monitoradas, ou envia comandos de configuração para elas.

No SNMP, essa máquina principal é chamada de Gerente e as máquinas gerenciadas são chamadas de Agentes. Do mesmo modo, dizemos que o software que é executado na máquina principal é chamado de gerente e o software executado nos demais equipamentos é chamado de agente. Ou seja, usamos os termos gerente e agente tanto para o equipamento como um todo quanto para o software SNMP sendo executado nele. Tal fato é mostrado na Figura 1.

Agentes e Gerente no SNMP.

Naturalmente, o administrador da rede não precisa ficar sentado na frente da máquina de gerência para que o processo ocorra. O software SNMP de gerência pode realizar as tarefas de modo automático, conforme determinado previamente pelo administrador, gerando alertas para ele (através de e-mail, mensagem para celular etc.) quando for necessário.

Embora tenhamos citado que o modelo utiliza uma estação de gerência, o SNMP permite que sejam utilizadas várias estações de gerência.

Na forma mais comum de trabalhar, é o gerente SNMP que fica enviando requisições periodicamente para obter informações do agente. Pense por exemplo, que o gerente pretende gerar um gráfico com o tráfego de rede no link com a Internet a cada instante. Nesse caso, o gerente fica enviando solicitações repetidamente (a cada 30 segundos, por exemplo) ao roteador conectado ao link de Internet, pedindo que ele informe o valor do tráfego sendo utilizado naquele instante.

Esse modelo é chamado de Pooling e, como dissemos, é o mais utilizado para realizar o monitoramento. A Figura 2 ilustra esse esquema.

Utilização de <span class='italico'>Pooling</span>.

Existem situações, entretanto, em que ele não é muito indicado. Suponha, por exemplo, que queremos monitorar apenas se o link ao qual um roteador está conectado está funcionando ou não. Por exemplo, o link para uma filial. Nesse caso, não faz sentido ficar perguntando ao roteador a todo instante se o link está funcionando, pois a resposta vai ser sempre que sim (enquanto o link estiver funcionando)! Uma forma mais eficiente, é pedir ao roteador que nos avise (a estação de gerência) quando o link parar de funcionar.

Esse método é conhecido como Trap e consiste em definir uma condição que o agente deve ficar verificando. Quando ela acontece, o agente envia uma mensagem informando esse fato ao gerente. A Figura 3 ilustra esse esquema.

Utilização de Traps.

Outros exemplos de condições que são adequadas para a utilização com o método de Traps são: o número de conexões TCP abertas na máquina excederem um certo valor, o espaço livre em disco está abaixo de um certo valor, o número de quadros com erro recebidos por uma placa de rede excederem um certo valor etc.

Além de o gerente solicitar informações ao agente (monitoramento), naturalmente, ele pode realizar alguma configuração no agente. Por exemplo, o gerente pode solicitar ao agente executando em um switch que desative uma determinada porta. Isso teria o mesmo efeito que desconectar o cabo de rede daquela porta do switch.

Veja aqui a explicação em vídeo sobre o modelo de agentes e gerentes do SNMP

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