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arrow_back Aula 11 - Além do Ethernet: outros padrões

Outras Tecnologias para Redes Cabeadas

Além das outras tecnologias para redes sem fio, existem ainda diversas outras tecnologias para redes cabeadas. Essas tecnologias surgiram para lidar com as deficiências do padrão Ethernet, que não oferece nenhuma garantia de que os quadros serão entregues, nem informa o tempo necessário para que eles sejam entregues. Entretanto, a simplicidade do Ethernet, o baixo custo e o bom desempenho, entre outros fatores, mantiveram essa tecnologia como a mais usada até hoje. Na sequência, veremos algumas das tecnologias para redes cabeadas existentes.

ATM e Token Ring

As redes Asynchronous Transfer Mode (ATM, Modo de Transferência Assíncrono) foram criadas visando fornecer suporte a aplicações que precisam de QoS, como é o caso da transmissão de voz e vídeo. Entretanto, essa tecnologia não teve muita aceitação no mercado, sendo hoje utilizada em aplicações específicas, como enlaces WAN dentro das redes das operadoras de telecomunicação.

O ATM atua na camada de enlace, baseado na transmissão de quadros (chamados células) com tamanho fixo. Cada célula é formada por 53 bytes, dos quais 5 bytes são utilizados para cabeçalho, e os demais 48 bytes representam a carga útil de dados. Esse tamanho de quadro pequeno se mostrou bastante útil para a transmissão de voz e pacotes pequenos, mas bastante ineficiente para a transmissão de pacotes IP.

Outra tecnologia de rede criada foi a Token Ring, que utilizava uma topologia em anel. Nas redes desse tipo, o método de controle de acesso ao meio consistia de passagem de permissão (token), que era um quadro especial que ficava sendo repassado de estação para estação em uma ordem predefinida. Quem estivesse de posse do token transmitia seu quadro de dados e, em seguida, enviava a permissão novamente na rede. A topologia em anel nessas redes é usada para definir a ordem em que as estações transmitem. Embora essas redes proporcionem um certo determinismo no tempo em que os quadros são entregues, o gerenciamento do quadro de permissão introduz uma certa complexidade à rede.

O Token Ring foi padronizado como IEEE 802.5 e, na década de 1990, serviu como base para o desenvolvimento do Fiber Distributed Data Interface (FDDI), um token ring muito mais rápido que foi extinto pela Ethernet comutada. O IEEE 802.17, chamado de Resilient Packet Ring (RPR), foi definido, na década de 2000, para padronizar os anéis metropolitanos usados pelos diferentes provedores de acesso.

Frame Relay

Existe uma tecnologia de rede que é utilizada também para interligar redes remotas, chamada Frame Relay. Uma rede Frame Relay consiste em uma rede mantida pela operadora de telecomunicação, em que cada rede remota de uma empresa contrata uma ligação a essa rede, e a operadora cria uma espécie de circuito virtual (um link virtual) entre esses pontos. Cada empresa diferente terá seus circuitos virtuais diferentes, de modo que os circuitos de uma empresa não tenham acesso aos de outra.

Como a rede é compartilhada por diversas empresas, os links não têm uma capacidade fixa (por exemplo, 1 Mbps), como é o caso dos links dedicados. Cada link é determinado por uma velocidade mínima e outra máxima, de modo que a velocidade sempre estará entre esses dois valores, dependendo do tráfego na rede como um todo em cada instante. Enquanto as ligações ponto a ponto utilizam uma interface diferente no roteador para se ligar a cada rede remota, o Frame Relay utiliza apenas uma interface em cada equipamento, pois essa interface o conecta à rede, e não ao destino diretamente.

Uma grande vantagem dessa tecnologia é permitir a conexão direta entre todas as redes remotas de uma empresa que estão conectadas à rede Frame Relay. Caso o número de filiais seja muito grande e elas precisem se comunicar constantemente, utilizar enlaces ponto a ponto será muito complicado. Apesar dessas características, como em muitas empresas o número de filiais não é tão grande, ou o fluxo de comunicação é, em sua maior parte, entre cada filial e a matriz, a maioria das empresas preferem utilizar enlaces ponto a ponto.

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