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Nos sistemas de segunda geração (2G), as chamadas de voz realizadas eram transmitidas de forma digital, conseguindo um aumento da capacidade de transmissão de dados, melhoria na segurança e possibilidade de enviar mensagens de texto. Dentre as tecnologias 2G utilizadas no Brasil, podemos citar o TDMA e o CDMA, que foram gradativamente substituídas pelo GSM (Sistema Global para Comunicações Móveis). Uma novidade introduzida por este foi a separação entre aparelho e chip (chamado de SIM – Subscriber Identify Module), o que permite o uso do mesmo SIM em aparelhos diferentes e possibilita maior segurança, já que as informações no SIM também são utilizadas para autenticar o usuário.
O sistema GSM é o mais utilizado no mundo atualmente, e a necessidade de oferecer suporte à transmissão de dados motivou o desenvolvimento de extensões para o GSM que permitiam tal transmissão sem modificar a estrutura da rede. Essas extensões ficaram conhecidas como 2.5G (GPRS – General Packet Radio Service) e 2.75G (EDGE – Enhanced Data Rates for Global Evolution). O GPRS introduziu o uso de pacotes nas redes celulares, permitindo que os usuários paguem somente pela quantidade de dados transmitida, e não pelo tempo em que ele se encontra conectado à rede. A tecnologia EDGE, por sua vez, pode ser compreendida como uma extensão ao GPRS (embora existam controvérsias se deve ser considerada uma tecnologia de segunda ou de terceira geração).
Os sistemas de terceira geração (3G) começaram a ser implantados em 2001 e já foram projetados com o objetivo de transmitir eficientemente os dados, oferecendo suporte para transmissão tanto de voz como de vídeos digitais. As redes 3G devem oferecer taxas de transmissão que variam de 144 Kbps até 2 Mbps, dependendo de alguns fatores, por exemplo, se o usuário está em movimento e com que velocidade se desloca. Um sistema 3G bastante utilizado no mundo é o Universal Mobile Telecommunications System (UMTS), chamado de Wideband Code Division Multiple Access (WCDMA) erroneamente, uma vez que UMTS se refere ao sistema inteiro, e WCDMA à técnica para controle de acesso ao meio utilizada. O UMTS é compatível com EDGE e GPRS, permitindo que o usuário saia de uma área de cobertura UMTS e seja automaticamente transferido para uma rede GPRS ou EDGE. Outro sistema 3G é o High Speed Downlink Packet Access (HSDPA) / High Speed Uplink Packet Access (HSUPA), em que HSDPA refere-se à velocidade de download, e HSUPA à velocidade de upload. O HSDPA também é conhecido como 3.5G.
Embora as redes 3G ainda estejam se consolidando, o desenvolvimento e início das redes 4G já foi iniciado, utilizando-se o nome Long Term Evolution (LTE), ou seja, evolução de longo prazo. O objetivo das redes LTE é conseguir taxas de transmissão de 100 Mbps a 5 Gbps, permitindo a integração transparente com outras redes com e sem fios (802.11).
Uma questão interessante sobre as redes de telefonia móvel é sobre como elas enfrentarão o fato de que as redes 802.11 estão cada vez mais presentes nos ambientes em que vivemos e que cresce a quantidade dos telefones celulares com suporte a essa tecnologia. A questão é que, como o preço para utilização da rede celular ainda é muito caro, utilizar as redes 802.11 para transmitir dados e voz (através de soluções como Skype) pode ser muito mais interessante (barato) para o usuário. Essa questão ganha mais relevância ainda quando se considera que já existem redes sem fio com nívies de desempenho 4G, tais como o 802.16, também conhecido como WiMAX, o qual estudaremos na sequência desta aula.
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