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Com o objetivo de oferecer altas taxas de velocidade sem precisar estender cabos até as residências dos usuários, uma nova corrida foi iniciada em direção às redes sem fio de banda larga. Isso aconteceu porque erguer uma grande antena em algum ponto da cidade e instalar antenas direcionais nos telhados dos clientes era muito mais fácil e econômico do que cavar valas e passar cabos. Com isso, o IEEE formou um grupo para padronizar uma rede metropolitana sem fio de banda larga, o padrão 802.16.
Esse padrão, chamado de Interoperabilidade Global para Acesso por Micro-ondas (WiMAX – Worldwide Interoperability for Microwave Access), pretende fornecer acesso de banda larga sem fio para o usuário final, como uma alternativa aos serviços de acesso à internet oferecidos hoje, por exemplo, pelas redes de TV a cabo.
A primeira versão do 802.16 foi aprovada em 2001 e previa um enlace entre pontos fixos com uma linha de visão de um para outro. Em 2003, o padrão foi melhorado para dar suporte a enlaces fora da linha de visão (isto é, sem visada direta), facilitando a implantação da rede. No entanto, o padrão ainda previa conexões entre pontos fixos. Com o surgimento das redes de telefonia móvel 3G, o 802.16 foi novamente melhorado, dessa vez para permitir acesso à internet móvel de banda larga.
O padrão WiMAX combina características das redes Wi-Fi e celular 3G. Assim como no 3G, a arquitetura do WiMAX é baseada em uma (ou mais) torres de transmissão (ERB), formando a rede a partir das células de cobertura dessas torres. Já em similaridade com as redes Wi-Fi, o WiMAX utiliza técnicas de multiplexação de frequências também utilizadas pelo 802.11.
Entretanto, diferentemente do 802.11, em que o alcance do sinal está entre 10 e 100 metros, o WiMAX possui uma área de cobertura significativamente maior, permitindo que os sinais das Estações Base atinjam dezenas de quilômetros e que cada estação dessa possa atender a um número de usuários muito maior do que o 802.11. Diferentemente também das redes 3G, em que dados foram adicionados ao lado de voz, o WiMAX foi projetado para o transporte de dados em alta velocidade, oferecendo qualidade de serviço (QoS) às estações e velocidades maiores para cada usuário individualmente.
Após analisar essas características, parece que não há mais necessidade do 802.11. Entretanto, observe que a infraestrutura para o WiMAX é mais complexa que a do 802.11, uma vez que requer a instalação de torres para funcionarem como Estações Base.
Portanto, as duas tecnologias apresentam finalidades diferentes, dado que o 802.11 é uma tecnologia para LAN sem fio (Wireless LAN - WLAN) e o WiMAX é uma tecnologia para MAN sem fio (Wireless MAN - WMAN). Por outro lado, é possível notar convergências entre as redes WiMAX e as redes 4G, visto que ambas são projetadas para a transmissão de dados e as redes 4G são baseadas em técnicas de multiplexação de frequência utilizadas pelo WiMAX.
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