Cursos / Eletrônica / Prototipagem e Montagem de Placa de Circuito Impresso / Aula
Vimos na aula passada alguns softwares existentes para desenho de placas de circuito impresso, como o Eagle, OrCAD e Proteus. Esses softwares podem ser genericamente agrupados na categoria de softwares CAD. Uma etapa final comum a eles é gerar um arquivo do tipo Gerber. Ao importar esse arquivo utilizando o software CircuitCAM, gera-se um arquivo CAM correspondente. Nesse arquivo faz-se as últimas configurações para impressão da placa. O próximo passo é exportar o arquivo do CircuitCAM para o software da máquina fazer uso: é quando se faz a geração do arquivo CNC (Comando Numérico Computadorizado). Normalmente, a extensão desse arquivo exportado é '.LMD'. Ele terá a função de controlar a máquina de produção de PCB, realizando, dessa maneira, a fresagem e furos previstos no projeto. Este arquivo CNC armazena o caminho que cada ferramenta da máquina de fresagem e produção de furos deve percorrer para produzir as trilhas na PCB. No nosso caso, é o software Board Master que utilizará o arquivo CNC para controlar a máquina de produção de PCB.
No parágrafo acima, citamos os arquivos gerber, mas você já ouviu falar nesses arquivos? Gerber é um termo utilizado por indústrias de software de CAD para descrever arquivos de imagem com layout e dados para impressão de PCBs. Por exemplo, é especificado a implementação de copper, top e/ou bottom layers, solder mask, solder legend, dados dos furos, etc. É desejável que os arquivos sejam fornecidos nesse formato para a fabricação das placas, pois trazem apenas informações necessárias para o processo de fabricação, oferecendo maior proteção ao projeto e evitando problemas que podem ser gerados pela diferença de configuração entre o software de CAD e o software de CAM.
O visual do CircuitCAM é similiar a muitos outros programas de aplicação em Windows. O software é disposto em várias janelas, cada uma com sua funcionalidade. Há janelas de gráficos, de lista, de informação ou 'log' e de propriedades. Na Figura 10, temos uma imagem do software CircuitCAM 6.1.
A janela gráfica permite visualizar o layout da PCB, isto é, os dados para produção da PCB podem ser visualizados de uma maneira gráfica, de forma simular a visualização disponível nos softwares CAD. Sendo que no CircuitCAM é possível checar, e, até mesmo, editar, os dados, para produção de trilhas e furos, por meio da seleção dos objetos que representam eles (ver Figura 11).
A Figura 12 exibe a janela em que tem a lista de todos requisitos para plotagem do circuito na placa. Nessa janela é possível editar, deletar e adicionar novas entradas.
Como já foi citado, existe ainda as janelas de propriedades, e, também, de 'log' ou informação. Você verá com mais detalhe em aula futura as características dessas janelas, assim como, poderá praticar para ganhar habilidade no manuseio desse software CAM.
O CircuitCAM possui algumas barras de ferramentas (toolbars) em que cada uma agrupa botões que tem funcionalidades que se associam entre elas. Isso foi uma maneira encontrada pelo desenvolvedor do produto para organizar o software seguindo a lógica do processo de produção de PCBs, facilitando a vida do desenvolvedor. Portanto, se nós verificarmos o software CircuitCAM, veremos que ele tem 'toolbars' denominados de STANDARD, LAYER, ZOOM, UNIT/GRID, SELECT, INSERT, RELATIV ROTATIONS e um essencial, que agrupas as principais funções para configuração do arquivo CAM, a barra FRONT TO END. Ela é mostrada na Figura 13.
A barra FRONT TO END apresenta as funções para gerar os dados para fresagem e produção de furos. Essas funções são apresentadas na barra de ferramenta, da esquerda para direita, na ordem em que normalmente são usadas, são elas: importar arquivos gerber, geração de contorno, 'breakout', 'rubout' (remoção de cobre), isolamento de camadas, e, por último, exportação de arquivo '.LMD'. Sendo assim, fica fácil supor qual é a função de cada ícone na Figura 13. A organização da barra FRONT TO END dessa maneira torna o processo de geração do arquivo '.LMD' mais fácil, pois é uma operação sequencial, bastando você entender o objetivo de cada função. Em momento oportuno, em aula futura, será explicado para vocês quando utilizar cada uma dessas funções.
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