Origem da palavra eletricidade

O que aconteceu no primeiro método proposto? Nada, não é mesmo?

O que observou quando executou de acordo com o segundo método? Estamos falando "balelas" ou alguns pedacinhos de papel foram atraídos pela parte atritada do canudo ou da caneta?

Por que será que isso acontece? Algum mistério da natureza? Nada disso. Contudo, como explicaremos de forma simples esse fenômeno?

Neste momento, é importante aceitar que toda matéria é composta de pequenas partículas chamadas de moléculas (uma molécula de água, por exemplo, é a menor quantidade de água que pode existir). Além disso, toda molécula é composta de partículas ainda menores chamadas de átomos e esses, por sua vez, são compostos por partículas infinitamente pequenas chamadas de prótons, elétrons e nêutrons.

Durante séculos, acreditou-se que o átomo fosse a menor parte da matéria. Daí o seu nome, a (do grego, sem) tomo (do grego, dividir), ou seja, o que não pode mais ser dividido. Mas, como citado anteriormente, hoje sabemos que o átomo é constituído por prótons, elétrons e nêutrons.

A Figura 2 mostra a estrutura de um átomo. Pode-se observar a existência de um núcleo e de camadas em volta dele. No núcleo do átomo estão os prótons e os nêutrons e, ao seu redor, os elétrons. Sabe-se também que os prótons têm uma carga elétrica, assim como os elétrons, porém esses últimos a têm com polaridade inversa a daqueles, já os nêutrons simplesmente não a possuem (por isso o nome, são neutros). Assim sendo, a carga elétrica dos prótons é considerada positiva e a dos elétrons, negativa. Quem será que teve a ideia de chamar uma de positiva e a outra de negativa? Pesquise sobre essa questão antes de continuar com o estudo da aula.

Tal qual o dito popular "polos contrários se atraem" ou, mais tecnicamente, "cargas de mesmo sinal se repelem, cargas de sinais opostos se atraem", os prótons atraem os elétrons da periferia, impedindo-os de se distanciarem ou de se "soltarem" da partícula. Em condições normais, o número de prótons de um átomo é igual ao número de elétrons do mesmo, o que significa que, em condições de repouso, um átomo é eletricamente neutro.

Pela Figura 2, a estrutura do átomo pode, de forma simplificada, ser descrita como uma nuvem de elétrons (com carga elétrica negativa) que gira em torno de um núcleo denso em órbitas circulares.

Por sua constituição física, algumas substâncias apresentam uma estrutura de elétrons muito ligada ao núcleo e, portanto, fortemente contrárias a ceder ou receber elétrons. A essas substâncias, dá-se o nome de isolantes elétricos. No lado oposto, existem substâncias com muita facilidade de ceder ou de receber elétrons (os chamados elétrons livres). A essas substâncias, dá-se o nome de condutores elétricos. Complementando, existe uma terceira classe, intermediária, que só permite a passagem de elétrons quando submetidas a situações extremamente especiais. A essa categoria, dá-se o nome de semicondutores elétricos.