Novas descobertas, novos conceitos

Voltando ao contexto histórico, depois da descoberta de Tales de Mileto, séculos se passaram sem que surgissem descobertas significativas e desenvolvimento de teorias capazes de explicar a atração exercida pelo âmbar, bem como de outras características envolvendo a eletricidade.

Só no começo do século XVIII é que as pesquisas sobre eletricidade se difundiram entre os físicos, iniciando-se um período ativo de experiências e proposições teóricas.

Um dos pioneiros foi o químico francês Charles François de Cisternay Du Fay (1698-1739), para quem a eletricidade consistia basicamente na propriedade de atrair corpos leves. Foi ele quem primeiro classificou os corpos, pelo seu comportamento elétrico, em dois grandes grupos, os vítreos e os resinosos. Sendo os vítreos os que adquiriam a mesma eletricidade de uma barra de vidro depois de atritada com seda, e os resinosos os que adquiriam a mesma eletricidade da borracha quando atritada com lã.

Coube ao cientista norte-americano Benjamim Franklin (1706-1790), desconhecendo os trabalhos desenvolvidos na Europa, a denominação de carga elétrica para designar as duas formas de eletricidade, às quais foram atribuídos os sinais positivo e negativo. Em 1750, coube também a Benjamin Franklin a invenção do para-raios, esses que nós vemos no topo de todos os grandes edifícios (para que servem os para-raios? Esse assunto será tratado em outra aula, ok?).