3 - Operações sobre Modelos 3D

Existe um conjunto de operações que podem ser feitas sobre as malhas e objetos criados. A primeira classe de operações são as transformações, que caracterizam as alterações mais simples sobre o objeto. Nelas ocorrem mudanças com relação ao posicionamento dele no espaço, mas sem deformar o seu formato básico padrão:

• Translação: mover um objeto, mudá-lo de posição. Apenas altera os valores das coordenadas x,y e z;
• Rotação: faz com que o objeto rotacione sobre um ou mais eixos, alterando as coordenadas dos seus vértices;
• Mudança de escala: o objeto aumenta ou diminui de tamanho, mantendo ainda a relação estrutural com o formato original;
• Espelhamento: vira o objeto verticalmente/horizontalmente (ou cria uma cópia espelhada);
• Alinhamento: posiciona os elementos da cena através de um referencial, que podem ser coordenadas específicas do mundo virtual da modelagem, ou a posição relativa à outros objetos.

Outro conjunto comum de operações são as deformações. Essas operações causam uma alteração na estrutura da mesh, e por isso devem ser bem planejadas.

• Bend (Dobra): distorce o objeto em função de um dos eixos. Normalmente se segmenta o objeto em várias partes, para que a dobra fique com aspecto mais natural.

  

• Taper: esse eu não encontrei uma boa tradução. Consiste em expandir ou comprimir um objeto em relação a um ponto de pivô ou controle (normalmente o que direciona a rotação). Essa operação deforma apenas a extremidade desejada.

  

• Skew: a partir de um eixo, é aplicada uma alteração em um sentido específico em uma das extremidades, sendo aplicada a alteração oposta na outra extremidade. É como se você pegasse uma caixa e puxasse a parte de cima para a esquerda e a de baixo para a direita.

  

• Twist (Torção): contorce um objeto ao longo de um eixo. Como se fosse fazer um espiral!

  

• Squash e Stretch: similar ao que vimos em animação, trata a deformação do objeto em dois sentidos de forma inversa, aumentando na horizontal quando diminui na vertical e vice-versa. Imagine como se fosse uma bola mole cheia de água, ou uma massinha de puxa puxa.
  

Existem outras operações que permitem gerar os modelos a partir de imagens 2D ou de splines. E elas tem nomes muito legais, então você pode encher a boca e sair falando na rua para se amostrar!

A primeira delas é a extrusão. Colocando em miúdos, essa operação consiste em pegar uma forma 2D e acrescentar volume a ela. Imagine que você tem um triângulo 2D. Extruir o triângulo seria adicionar uma altura a ele, de forma que ele fique 3D! Um pouco mais bonito: extrusão refere-se à alteração de volume em uma das faces do modelo, podendo ser a adição ou redução do volume.

A extrusão é uma operação básica, e que é utilizada por outras operações mais complexas. Por exemplo, existe um conjunto de tipos de operações em que o usuário determina apenas um caminho ou sentido de “movimento” para uma imagem 2D, e a ferramenta gera, através de várias extrusões, um objeto bastante complexo!

Uma dela é a operação de Lathing, ou torneamento. Você pega uma imagem 2D e diz que ela vai girar 360º em um eixo específico. A ferramenta então vai realizando extrusões de face aos poucos, de forma que gera um modelo preenchido no sentido da rotação realizada. Esse giro pode ser completo e gerar um modelo fechadinho, ou pode ser feito parcialmente e gerar um modelo aberto. O que você precisar!

Outra operação bem legal para gerar um modelo 3D a partir de uma imagem 2D é a de Sweeping, ou varredura. Nela você desenha uma forma 2D e traça um caminho perpendicular a partir da forma até um ponto que você desejar. Esse caminho pode ser reto ou curvo. Quando a operação for executada, as extrusões vão formar um modelo preenchendo esse caminho com a mesma forma geométrica da imagem inicial, seguindo a orientação determinada pelo modelador. É como se você fizesse uma extrusão supercomplexa!