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arrow_back Aula 15 - Sistema de Nomes de Domínio (DNS)

Configurando um servidor DNS

Agora vamos praticar os conceitos que vimos até agora. A primeira coisa que precisamos é de um servidor de DNS. Vamos assumir que temos duas máquinas, chamadas A e B, e a máquina A será o servidor, enquanto a máquina B será o cliente de DNS.

O Linux possui um pacote chamado bind9 que inclui um programa servidor de DNS. O nome do processo que implementa o servidor de DNS é named. Vamos assumir que este pacote já está instalado na máquina A.

BIND (Berkeley Internet Name Domain) é uma implementação pioneira de um software servidor de DNS publicamente distribuída nos sistemas operacionais UNIX e seus derivados, como o Linux. Ele, em sua versão 9, é o servidor DNS mais utilizado no mundo.

Entenda a configuração do servidor de DNS como sendo dividida em duas partes. Em uma você diz por quais zonas é responsável, e na outra cria os arquivos com as informações de cada zona (contendo, por exemplo, os IPs e nomes).

O arquivo principal de configuração do servidor BIND é o /etc/bind/named.conf. A partir da versão 9 do BIND, este arquivo possui apenas referências a outros dois arquivos dentro do diretório /etc/bind, dividindo os dados das configurações nestes arquivos: named.conf.options e named.conf.local.

O named.conf.options contém as opções gerais de configuração do servidor DNS. O named.conf possui referência para as zonas padrão (default) no sistema DNS, como o nome padrão localhost que todo computador recebe quando possui conectividade TCP/IP. O arquivo que iremos alterar será o named.conf.local, pois ele deve possuir referências para as zonas que serão criadas neste servidor DNS. Ou seja, é nesse arquivo que informamos por quais zonas o servidor é responsável.

Vamos agora abrir o arquivo /etc/bind/named.conf.local e inserir, logo após os comentários (linhas começando com duas barras “//”), as linhas de configuração da zona “metropoledigital.ufrn.br”, a qual iremos assumir neste servidor DNS, conforme a Figura 9.

Essa configuração de zona exige pelo menos dois parâmetros: o tipo de servidor (primário ou secundário) e qual o arquivo contendo as informações sobre a zona. Neste exemplo, esse servidor será do tipo primário (master). Se ele fosse secundário (slave), a próxima linha deveria conter o parâmetro “masters”, onde deveriam ser informados os endereços IP dos servidores primários. O segundo parâmetro será “/etc/bind/metropoledigital.ufrn.br.zone”, no qual colocaremos as informações sobre os registros desta zona.

Inserindo a zona no servidor DNS

Agora criaremos nosso arquivo da zona “metropoledigital.ufrn.br”, que se chama /etc/bind/metropoledigital.ufrn.br.zone. O conteúdo desse arquivo é mostrado na Figura 10 (acrescentamos aqui a numeração das linhas para facilitar a explicação).

Figura 10 - Arquivo de zona

Após a criação do arquivo, reiniciamos o servidor de DNS, conforme a Figura 11.

Reiniciando o servidor DNS após a criação da zona

Neste ponto, suponha que a máquina B foi ligada e obteve sua configuração IP por DHCP. Uma das informações fornecidas pelo DHCP foi o endereço IP do servidor de DNS. Esse é o parâmetro principal para o resolvedor (cliente DNS) na máquina B. Para observar todas os parâmetros informados ao resolvedor, podemos exibir o conteúdo do arquivo /etc/resolv.conf nesta máquina, conforme Figura 12. Este arquivo que, neste caso, foi criado dinamicamente é quem diz à máquina quem é o seu servidor de DNS.

Arquivo de configuração do cliente DNS

Observe, na Figura 12, que o endereço IP do servidor de DNS é informado no parâmetro nameserver. Os parâmetros domain e search definem o nome do domínio para a nomenclatura das máquinas e o domínio padrão de pesquisa FQDN quando alguém informar somente o primeiro nome de um host, respectivamente.

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