Equipamentos

Switch

Um switch pode ser definido como uma ponte multiporta. Ou seja, uma ponte que ao invés de ter apenas duas interfaces, possui várias interfaces e divide a rede em vários segmentos, tantos quanto forem o número de portas. Fisicamente, um switch parece com um hub. Olhando para os dois, você não consegue diferenciar um do outro. O que muda é o modo como eles funcionam. Enquanto, o hub é apenas um equipamento que repete os sinais recebidos em todas as suas portas, e não entende sequer o formato de um quadro, o switch já é um equipamento mais “inteligente”.

O switch entende o formato dos quadros e aprende tanto o endereço de cada máquina conectada nele como a porta onde ela está. Essas informações são armazenadas em uma tabela que vai sendo preenchida na medida em que as máquinas vão transmitindo dados. Desse modo, enquanto o hub propaga cada quadro recebido em todas as portas, o switch propaga um quadro recebido apenas na porta onde a máquina de destino está conectada. Com isso, é possível ter, ao mesmo tempo, várias máquinas se comunicando, desde que elas estejam cada uma em uma porta diferente.

Por isso, o desempenho das redes que utilizam switch é bastante superior ao das redes que utilizam hubs. A Figura 15 ilustra uma rede utilizando switch, no qual as máquinas A e E estão se comunicando ao mesmo tempo em que as máquinas B e F.

O termo switch significa comutador, exatamente porque ele conecta a porta por onde o quadro foi recebido apenas com a porta por onde o quadro deve ser retransmitido. É importante lembrar que caso você desconecte uma máquina de uma porta do switch e conecte em outra, ele irá detectar isso e atualizar sua tabela para refletir o fato de que o endereço da máquina está associado à outra porta.

Do mesmo modo que os hubs, existem modelos de switches que suportam mais de um tipo de cabo, ou seja, possuem portas de um tipo de cabo e portas de outro tipo de cabo. O mesmo se aplica no que diz respeito a velocidades. É muito comum switches com diversas portas de 100 Mbps e duas portas de 1000 Mbps, por exemplo. Essas portas com alta velocidade, ou para um tipo de cabo diferente, normalmente são utilizadas para interligar dois switches ou conectar servidores.

É importante que você saiba que quando dizemos que uma porta do switch suporta uma dada velocidade, isso normalmente significa que ela também suporta as possíveis velocidades inferiores. As redes Ethernet, por exemplo, podem trabalhar a 10 Mbps, a 100 Mbps ou a 1000 Mbps. A forma correta de dizer que uma porta suporta as velocidades de 10 e 100 Mbps é dizer que a porta é 10/100 Mbps. Essa barra entre os números indica que o switch é capaz de trabalhar com as duas velocidades e que ele automaticamente se configura para trabalhar na maior velocidade suportada pelo equipamento que estiver conectado na porta.

Em uma rede, podemos utilizar tanto hubs quanto switches interligados. São equipamentos compatíveis que funcionam em conjunto. Podemos, por exemplo, ter um hubs conectado a um switch, que por sua vez está conectado a outro hubs (ou outro switch). É preferível utilizar apenas switches , pois eles fornecem um melhor desempenho. Entretanto, como são equipamentos mais caros que os hubs , a diferença de preço no mercado entre os dois é que vai acabar determinando quais serão utilizados quando você for instalar uma rede. Felizmente, o preço dos switches tem caído consideravelmente e esses equipamentos estão sendo cada vez mais utilizados. Os modelos mais comuns possuem 8, 12 ou 24 portas UTP com velocidades de 100 Mbps, podendo vir também com algumas portas de 1 Gbps (1000 Mbps).

As portas dos hubs e dos switches possuem luzes que servem para indicar algumas informações a respeito do seu funcionamento e do equipamento conectado na porta. O significado exato das luzes pode variar de modelo para modelo. O Quadro 1 mostra um esquema muito utilizado. Esse quadro supõe um switch no qual as portas utilizam cabo UTP e podem funcionar a 10 Mbps ou a 100 Mbps, ou seja, são portas 10/100 Mbps.