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Na aula anterior, você viu que existe um limite para o comprimento máximo do cabo que podemos utilizar nas redes de computadores, devido principalmente à atenuação, que é a perda de potência do sinal. Podemos aumentar o comprimento do cabo se utilizarmos um repetidor, que é um dispositivo que amplifica o sinal, de modo que se consiga trafegar por uma distância maior sem comprometer a informação original. Entretanto, não podemos simplesmente colocar quantos repetidores quisermos. Para cada tipo de rede existem regras que determinam a quantidade e a distância máxima entre eles.
É importante você observar que os repetidores não compreendem o formato dos quadros transmitidos, como fazem os switches, eles os enxergam apenas como uma sequência de bits. Portanto, o repetidor apenas amplifica o sinal que representa cada bit recebido. A Figura 12 mostra um repetidor para um cabo coaxial.
Um hub é definido como sendo um repetidor multiporta, o que significa dizer que um hub é um dispositivo que possui uma barra interna e várias portas (conectores) para acesso a ela. Cada porta funciona como um repetidor. A Figura 13 mostra um hub.
Todos os equipamentos ligados ao hub funcionam como se estivessem ligados em uma topologia em barra, apesar de fisicamente a rede parecer com uma estrela. Por isso, quando um quadro de dados é enviado por uma máquina para outra, ele é retransmitido em todas as portas do hub e, portanto, chegará a todas as máquinas. Vale lembrar que quando um quadro chega a uma placa de rede, ela verifica se ele é realmente destinado a ela. Se for, ela recebe, mas se não for, ela o descarta. O desempenho das redes que utilizam hub é relativamente baixo porque uma vez que ele funciona como uma barra, só pode haver uma máquina transmitindo por vez. Os hubs também são conhecidos como concentradores, uma vez que atuam como um ponto de conexão central na rede.
Existem hubs que suportam mais de um tipo de cabo. Nesses casos, normalmente a maior parte das portas é de um tipo de cabo e existe uma ou duas portas de outro tipo. O caso mais comum são hubs com todas as portas para cabos UTP, mas existem modelos que possuem também portas para cabo coaxial ou fibra ótica. As configurações mais comuns em termos de número de portas são: 8, 12 e 24 portas.
Como vimos anteriormente, nas redes em barra, quando um quadro é transmitido, ele é propagado por toda a barra, ocupando o cabo e fazendo com que apenas uma máquina possa transmitir por vez. Isso limita o número total de máquinas na rede, pois quanto mais máquinas existem na rede, maior a demora para se ter o direito de transmitir.
Para reduzir esse problema, surgiram as pontes (ou bridges). Elas são equipamentos com duas placas de rede que dividem a rede em dois segmentos e aprendem os endereços de cada segmento. Desse modo, quando um quadro é transmitido em um segmento, ele só é repassado para outro se o endereço de destino do quadro pertencer a uma máquina desse outro segmento. Observe que diferente dos repetidores e dos hubs, a ponte precisa entender o formato dos quadros para poder obter o valor do endereço que está contido neles. A Figura 14 ilustra uma rede dividida em dois segmentos, A e B.
A ponte existente nessa rede permite que uma máquina do segmento A esteja transmitindo para outra desse mesmo segmento, enquanto uma máquina do segmento B também esteja transmitindo para outra daquele mesmo segmento. Com isso, o desempenho da rede melhora bastante.
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