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arrow_back Aula 10 - Transmissão de dados utilizando transceptor SPI

O Transceiver - pt.3

O transceiver que vamos utilizar pode ser visto na Figura 4. Ele tem 8 pinos, tendo cada um deles um nome e uma função:

  • GND: deve ser ligado no “terra”, ou seja, na mesma tensão que é aplicada ao Vss do microcontrolador.
  • IRQ: Conhecido como “Interrupt Request”, esse pino é utilizado para interromper o PIC quando o transceiver precisar se comunicar com ele. Essa interrupção acontece, geralmente, quando o receptor acabou de receber um novo dado e está pronto para passá-lo para o PIC, para avisar que um dado foi enviado com sucesso ou que ocorreu algum erro de transmissão. Esse pino deve ser conectado a uma entrada do PIC que aceite interrupções externas e tem como estado “ativo” o nível lógico 0. No PIC18F45K20, temos as entradas 0, 1 e 2 da porta B. Vamos utilizar o pino 2.
  • MISO: “Master Input, Slave Output”, ou seja, é o meio de comunicação entre o escravo e o mestre. Deve ser conectado no pino SDI (Serial Data Input) do PIC.
  • MOSI: De forma análoga, o “Master Output, Slave Input” é por onde o transceiver vai receber os dados do PIC pela SPI. Deve ser conectado no pino SDO do PIC.
  • SCK: o pino “Serial Clock” vai receber o trem de pulsos gerado pelo mestre para sincronizar a comunicação entre eles. Deve ser conectado no pino de mesmo nome no PIC.
  • CSN: Esse pino funciona como o “seletor de escravo” da SPI, apesar de cada PIC ter apenas um escravo conectado. Ele é utilizado para iniciar uma troca de mensagens via SPI entre o microcontrolador e o transceiver. A comunicação é ativada ao aplicar um nível lógico baixo, e deve ser mantido baixo durante toda a comunicação com o transceiver. Ele deve ser ligado em uma saída digital qualquer do PIC. No experimento atual, conecte-o no pino 3 da porta B.
  • CE: O pino CE é conhecido como “Chip Enable” e é por onde o PIC vai informar ao transceiver se ele deve habilitar o sistema de radio frequência, ou seja, entrar efetivamente em funcionamento. Se ele estiver configurado como transmissor e existir algum dado no buffer para ser enviado, o dispositivo vai enviá-lo. Já se a configuração for para receber dados, o transceiver vai ficar ouvindo o meio, esperando por alguma mensagem e avisando ao PIC através do pino IRQ, caso alguma chegue. Também deve ser conectada a alguma saída digital do PIC. Conecte-o no pino 4 da porta B.
  • VCC: Tensão se alimentação do dispositivo. Aceita tensões até 7V. Pode ligá-lo na mesma tensão que você está aplicando ao Vdd do microcontrolador.
<span class='italico'>Transceiver</span> nRF24L01+

Se liga!

Os pinos CSN e CE podem ser ligados em qualquer outra saída digital e o pino IRQ pode ser conectado em qualquer outra entrada que gere interrupções, ou mesmo em qualquer entrada digital se você implementar no seu PIC alguma função que verifique com frequência qual o valor dessa porta e tome as medidas necessárias caso seja detectado um sinal baixo. Não houve nenhum critério para escolher essas entradas/saídas. Sinta-se a vontade para mudá-las se quiser, desde que você modifique o código de acordo para usar os novos pinos.

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