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arrow_back Aula 08 - Válvulas de controle - Parte 1

2.1.1 Atuador

É o responsável pelo movimento da parte móvel de uma válvula para abrir ou fechá-la, de forma total ou parcial, tendo a finalidade de localizar com precisão o seu obturador (parte móvel) em uma posição estabelecida pelo sinal de controle recebido. O controlador, por sua vez, processa esse sinal e envia uma ação (sinal) de controle para o atuador da válvula, "dizendo" para ela fechar um pouco – ficar, por exemplo, com 10% de sua abertura. Então o atuador interpreta esse comando e desloca a parte móvel para que a abertura desejada seja alcançada.

2.1.2 Corpo

É a parte da válvula conectada à tubulação e que possui o orifício (variável) por onde o fluido passa. De acordo com Ribeiro (2003), no corpo estão incluídas a sede, o obturador, a haste, a guia da haste, o engaxetamento e a selagem de vedação. Dentre essas estão o que chamamos trim, que são partes internas ou molhadas da válvula, ou seja, aquelas partes que estão em contato com o fluido do processo: a sede, o plug (ou obturador) e a haste (Figura 05).

Partes internas do corpo de uma válvula

Normalmente, o corpo de uma válvula de pressão é formado por uma ou duas sedes (Figura 06), onde o obturador irá se encaixar total ou parcialmente. O obturador, por sua vez, está localizado na extremidade da haste, que está ligada diretamente ao atuador pneumático. Assim, quando o controlador envia um sinal de controle para uma válvula, na verdade ele está enviando um sinal proporcional à pressão necessária que o atuador pneumático deve receber para deslocar a haste e, consequentemente, o plug o suficiente para que a distância entre o plug e a sede garanta a vazão desejada, isto é, a vazão estabelecida no set point.

(a) válvula de sede simples; (b) válvula de sede dupla

2.1.3 Castelo

O castelo é a parte que liga o atuador da válvula ao corpo (reveja na Figura 04). Pode-se afirmar que o castelo serve como base para a montagem do atuador. Além disso, em alguns casos, o castelo serve como uma "tampa" para fechar a abertura do corpo da válvula, ou seja, o castelo pode fornecer a principal abertura para que se tenha acesso às partes internas do corpo. Assim, em casos de manutenção dessas válvulas, é necessário remover o castelo para ter acesso à sede e ao obturador da válvula.

Na Figura 07 podemos observar imagens de uma válvula em corte, facilitando a visualização de algumas de suas partes, dentre elas, o castelo.

Vista em corte de válvulas de controle a) SOLUCOES INDUSTRIAIS. Disponível em: <http://www.solucoesindustriais.com.br/images/produtos/imagens_10000/p_valvulas-de-controle-de-pressao-3.jpg>. Acesso em: 12 abr. 2018. b) FLOWSERVE CORPORATION. Disponível em: <https://www.flowserve.com/sites/default/files/inline-images/Screen%20Shot%202016-08-15%20at%201.25.11%20PM.png. Acesso em: 12 abr. 2018.

No entanto, há casos em que o castelo é parte integrante do corpo da válvula, não consistindo, portanto, de partes independentes. E existem ainda aquelas válvulas que não possuem castelo em sua estrutura.

Ribeiro (2003) classificou em três os tipos de castelo. São eles: aparafusado, de união e flangeado. Ainda de acordo com ele, é fundamental que a conexão do castelo forneça um bom alinhamento da haste, do obturador e da sede.

Atenção

Deve-se ter cuidado com a instalação do castelo, pois se feita incorretamente pode trazer desde problemas como redução da vida útil da válvula e falha prematura do selo – ocasionando vazamentos, os quais se agravam em casos de fluidos perigosos – até risco de graves lesões ao operador.

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