ScadaBR

Agora que você conheceu os componentes, já sabe como fazer as ligações no circuito e como programar o microcontrolador, falta apenas aprender a integrar a placa ao ScadaBR. Para isso, você precisa configurar o protocolo de comunicação modbus serial que será usado na interligação da placa com o computador. Veja na Figura 15 os campos já preenchidos de acordo com o código colocado em sua a placa.

<span class='italico'>Data source modbus</span> serial

A data source Modbus serial é usada para adquirir dados a partir de uma rede local modbus, acessível via comunicação RS232 ou RS485 (você já deve ter visto isso na aula de redes). Toda data source requer um Nome, o qual pode ser qualquer descrição. O Período de atualização determina com que frequência a rede Modbus será consultada por dados. Os campos Timeout e Tentativas determinam o comportamento do sistema no caso de uma falha em uma consulta. A data source aguarda um determinado número de milissegundos por uma resposta da rede. Se nenhuma resposta for recebida, a requisição será refeita um dado número de vezes. A opção Apenas quantidades contínuas pode ser usada para especificar que a implementação modbus não deve tentar otimizar diferentes requisições de valores em uma única requisição. Selecionar essa opção fará com que a implementação somente faça requisições para múltiplos valores quando esses valores formarem um espaço de registro contínuo (SCADABR, 2015).

Um ponto muito importante de configuração é comum a qualquer comunicação serial que é controlada com os valores de Baud rate (deve ser igual ao dispositivo), de Controle de fluxo de entrada, de Controle de fluxo de saída, dos Bits de dados (o tamanho do dado enviado), dos Bits de parada, e da Paridade (verifica se há erro). O Echo pode ser usado com redes com redes RS485 quando for apropriado.

O valor da codificação determina como as requisições Modbus são formatadas. A maioria dos hardwares de produção usa mensagens RTU formatadas, mas é importante sempre ver a documentação Modbus do seu equipamento para determinar como definir esse campo. No seu caso, utilize a RTU.

Uma configuração importante é a Porta, é necessário que você verifique qual porta o computador atribui a sua placa.

Após a configuração coloque os data points referentes a cada sensor e atuador que estão na placa, os quais são:

  • Led na cor vermelha (endereço offset 0);
  • Led na cor verde (endereço offset 1);
  • Led na cor azul (endereço offset 2);
  • Buzzer (endereço offset 3);
  • Botão 01 (endereço offset 4);
  • Botão 02 (endereço offset 5);
  • Sensor de temperatura (endereço offset 6);
  • Potenciômetro (endereço offset 7);
  • Sensor de luminosidade (endereço offset 8).

Na Figura 16, você vê os data points já configurados e é interessante que você tenha sempre uma atenção especial com os endereços. Só é necessário marcar como configurável os data points que possuem comunicação do ScadaBR -> Placa, no caso os LEDs, os botões e o buzzer.

Configuração dos <span class='italico'>data points</span>

Como se está recebendo dados de sensores e você sabe que esses dados chegam em forma de bits (0-1023), pode-se fazer na entrada a transformação. Na figura abaixo, se vê o multiplicador sendo utilizado para converter os dados de bits para °C. Esse processo de conversão é bem demorado e em alguns casos são necessários vários ensaios, bem como o uso de equipamentos padronizados. Por exemplo, você precisaria de um termômetro confiável para configurar com precisão a leitura do sensor.

Manipulação dos dados na entrada

Para ver os data points gerados e a comunicação da placa com ScadaBR basta olhar na watch list, como mostra a Figura 18.

Watch List

A Figura 19 tem o circuito que, quando montado, fica bem mais bagunçado que o da Figura 13, mas é importante que todas as ligações estejam corretas, por isso, é bom ter cuidado e paciência para montar, pois depois de pronto dá mais trabalho para encontrar erros.

Circuito montado

Você já deve ter visto até agora que só os dados no ScadaBR foram recebidos, falta ainda:

  • Configurar as variáveis;
  • Tratar as variáveis;
  • Criar os point links;
  • Criar as telas;
  • Configurar os relatórios.

Hum... muitas coisas novas, não? Você deve ter enriquecido bastante o seu conhecimento com essas aulas!

Então, vá ao laboratório e coloque tudo o que você aprendeu em prática!

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