Cursos / Automação Industrial / Programação de Sistemas Supervisórios / Aula
Em plantas grandes de automação, relativas, em geral, a indústrias, é comum haver sistemas bem distintos, cujas áreas são bem diferentes, por exemplo sistema de ar condicionado, tratamento de esgoto, controle das caldeiras, monitoramento de energia, monitoramento de pressão, etc. Perceba que todos esses sistemas, embora sejam muito distintos, possuem grande complexidade. Você já deve ter visto que sistemas complexos envolvem muitos data points, data sources e telas gráficas. Assim, em alguns casos o correto é optar por sistemas SCADA diferentes para cada aplicação, mesmo que seja necessária uma interligação entre eles.
Para fazer a comunicação entre diferentes ScadaBR’s, utiliza-se o conceito de “Publisher-Receiver”, como visto na arquitetura da Figura 08. No menu publishers se encontra o mecanismo de envio dos dados para outras máquinas que possuam ScadaBR. Esse envio ocorre através do datasource receptor HTTP , que permite receber os dados enviados por outro ScadaBR e publicar valores de data points por meio do protocolo HTTP pelo Data Source HTTP.
O publisher pode ser considerado o oposto dos data sources, pois, ao invés de coletar dados para o sistema, os publisher’s os distribuem. Isso pode ser útil quando o ScadaBR é utilizado a fim de coletar informações de diferentes sistemas para modificar, filtrar ou gerenciar de alguma maneira. Nesse sentido, o ScadaBR não é apenas M2M (machine to machine), mas M2M2M.
Uma outra função para a qual também é útil o uso de editores diz respeito ao envio de dados a outras instâncias do ScadaBR — por exemplo, para consolidar dados de várias instâncias remotas. Cada instância do ScadaBR pode usar editores a fim de controlar, de diversos modos, outras instâncias (SCADABR, 2015).
Veja na Figura 09 a tela de configuração do publisher, bem como os campos de configuração dele:
A fim de configurar quais pontos deverão ser publicados, estes devem ser configurados na lista, como você pode ver na Figura 10. A publicação de pontos pode ser habilitada () ou desabilitada (). Desabilitar um ponto permite que ele não seja usado, sem ter de explicitamente deletá-lo. O Nome do parâmetro é a chave que será usada para o ponto nos parâmetros da requisição. É muito importante que esse nome seja registrado, pois deverá ser o mesmo para sua requisição em outras máquinas. Selecione Incluir timestamp para incluir um parâmetro na requisição que contenha o tempo de atualização para o valor. A chave para o tempo será "__time", e a data será codificada mediante o formato padrão "yyyMMddHHmmss".
Para os dados serem recebidos por outra máquina, é necessário configurar o receptor http (data source). Para tanto, é preciso preencher os seguintes campos exibidos na Figura 11:
A configuração do data point também pode ser vista na Figura 11. Para configurá-lo, é necessário ajustar os seguintes pontos:
A comunicação pode ser feita de forma bem simples, mas perceba que deve haver configuração em duas máquinas distintas. Primeiramente, devem ser configurados na máquina 1, usando o publisher, os dados que deseja enviar e o local para onde serão enviados. Posteriormente, deve ser criado um datasource receptor http para recebê-los, de modo que cada dado esteja em seu respectivo data point e com o nome exatamente igual ao que foi utilizado para o envio no publisher.
Versão 5.3 - Todos os Direitos reservados