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arrow_back Aula 04 - Scripts, Importação e Exportação de Dados no ScadaBR

Utilização distribuída do ScadaBR

Em plantas grandes de automação, relativas, em geral, a indústrias, é comum haver sistemas bem distintos, cujas áreas são bem diferentes, por exemplo sistema de ar condicionado, tratamento de esgoto, controle das caldeiras, monitoramento de energia, monitoramento de pressão, etc. Perceba que todos esses sistemas, embora sejam muito distintos, possuem grande complexidade. Você já deve ter visto que sistemas complexos envolvem muitos data points, data sources e telas gráficas. Assim, em alguns casos o correto é optar por sistemas SCADA diferentes para cada aplicação, mesmo que seja necessária uma interligação entre eles.

Para fazer a comunicação entre diferentes ScadaBR’s, utiliza-se o conceito de “Publisher-Receiver”, como visto na arquitetura da Figura 08. No menu publishers se encontra o mecanismo de envio dos dados para outras máquinas que possuam ScadaBR. Esse envio ocorre através do datasource receptor HTTP , que permite receber os dados enviados por outro ScadaBR e publicar valores de data points por meio do protocolo HTTP pelo Data Source HTTP.

Arquitetura de comunicação distribuída

O publisher pode ser considerado o oposto dos data sources, pois, ao invés de coletar dados para o sistema, os publisher’s os distribuem. Isso pode ser útil quando o ScadaBR é utilizado a fim de coletar informações de diferentes sistemas para modificar, filtrar ou gerenciar de alguma maneira. Nesse sentido, o ScadaBR não é apenas M2M (machine to machine), mas M2M2M.

Uma outra função para a qual também é útil o uso de editores diz respeito ao envio de dados a outras instâncias do ScadaBR — por exemplo, para consolidar dados de várias instâncias remotas. Cada instância do ScadaBR pode usar editores a fim de controlar, de diversos modos, outras instâncias (SCADABR, 2015).

Veja na Figura 09 a tela de configuração do publisher, bem como os campos de configuração dele:

Configurações do <span clas='italico'>publisher</span>
O Método determina qual método HTTP será usado para entregar os dados. Os dados enviados em ambos os casos são idênticos, diferenciam-se apenas quanto à estrutura de mensagem.
O URL define o destino para o qual enviar os dados. Esquemas válidos incluem “http” e “https”. O servidor pode ser um nome de domínio ou um endereço IP. Caminhos e strings de consulta também são válidos.
Uma lista de Parâmetros estáticos também pode ser adicionada. Esses parâmetros são incluídos em toda requisição enviada ao URL. Dessa maneira, este é um local apropriado para incluir credenciais de autorização ou outros artefatos de identificação.

A fim de configurar quais pontos deverão ser publicados, estes devem ser configurados na lista, como você pode ver na Figura 10. A publicação de pontos pode ser habilitada () ou desabilitada (). Desabilitar um ponto permite que ele não seja usado, sem ter de explicitamente deletá-lo. O Nome do parâmetro é a chave que será usada para o ponto nos parâmetros da requisição. É muito importante que esse nome seja registrado, pois deverá ser o mesmo para sua requisição em outras máquinas. Selecione Incluir timestamp para incluir um parâmetro na requisição que contenha o tempo de atualização para o valor. A chave para o tempo será "__time", e a data será codificada mediante o formato padrão "yyyMMddHHmmss".

 Configuração dos pontos do <span class='italico'>Publisher</span>

Para os dados serem recebidos por outra máquina, é necessário configurar o receptor http (data source). Para tanto, é preciso preencher os seguintes campos exibidos na Figura 11:

A configuração do data point também pode ser vista na Figura 11. Para configurá-lo, é necessário ajustar os seguintes pontos:

Configuração do receptor <span class='italico'>http</span>
Nome: que pode conter qualquer descrição.
A Lista branca de IPs remotos é uma funcionalidade de segurança que instrui o data source a ignorar requisições por meio de um endereço IP de origem, o qual não corresponde a qualquer máscara de endereço IP fornecida. Essa funcionalidade é de grande utilidade, caso o usuário queira receber requisições apenas de quem ele deseje.
A Lista branca de ID do dispositivo proporciona segurança adicional, bem como roteamento de dados, através da permissão dos dispositivos para os quais esse data source escuta. A correspondência ao ID do dispositivo independe de maiúsculas e minúsculas em seu nome. Além disso, um '*' pode ser usado no término de uma máscara de ID de dispositivos. Por exemplo, a máscara 'site10*' irá corresponder aos IDs de dispositivos 'site10', 'site10temp', 'site10HUM', etc. O ID do dispositivo é especificado na requisição HTTP com o nome do parâmetro __dispositivo (com dois sublinhados).
O Nome do parâmetro HTTP é a chave usada para entregar os dados ao data source auditor HTTP. Esse campo tem de ser preenchido do mesmo modo como foi utilizado para publicar o valor.
O Tipo de dado é qualquer tipo de dado válido.
Se o tipo do dado for Binário, um Valor Binário 0 deve ser fornecido. Se o valor do ponto na requisição compatibilizar com esse valor, o valor atribuído ao ponto será 0; caso contrário, será 1.

A comunicação pode ser feita de forma bem simples, mas perceba que deve haver configuração em duas máquinas distintas. Primeiramente, devem ser configurados na máquina 1, usando o publisher, os dados que deseja enviar e o local para onde serão enviados. Posteriormente, deve ser criado um datasource receptor http para recebê-los, de modo que cada dado esteja em seu respectivo data point e com o nome exatamente igual ao que foi utilizado para o envio no publisher.

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