Análise dos parâmetros de saída

Na configuração emissor comum, os parâmetros de saída são a corrente do coletor (I_C) pela tensão coletor emissor (V_CE), para diversos valores de corrente de base I_B. Observe, por exemplo, o gráfico a seguir:

O gráfico dos parâmetros de saída da configuração emissor comum também é muito parecido com o seu equivalente da configuração base comum, analisado na aula passada.

Podemos destacar, novamente, três importantes regiões no gráfico. A região de corte, a região ativa e a região de saturação. As características dessas regiões são semelhantes às da configuração base-comum. Abaixo está o gráfico da configuração base comum, faça a comparação entre eles.

Quais diferenças você pode notar?

Em cada uma das regiões, podemos ver claras diferenças. Observe a princípio, a região ativa. Veja que ela é muito mais linear na configuração base emissor do que na configuração emissor comum. Ou seja, na configuração emissor comum, a tensão coletor-emissor modifica o valor da corrente do coletor.

Mais uma vez, para se trabalhar na região ativa, deve-se polarizar a junção base-emissor diretamente, enquanto a junção base-coletor deve ser polarizada inversamente. Nessa região, as aplicações variam desde a amplificação de tensão ou corrente até a potência.

Observe agora a região de corte. Note que ela é menos definida do que na configuração base comum. Quando a corrente do emissor IE na configuração base comum é igual a zero, a corrente do coletor também é zero, ou muito próxima disso (ver gráfico da Figura 5). Agora, compare com a corrente do coletor na configuração emissor comum (ver gráfico da figura 4). Repare que a primeira curva do gráfico é feita com a corrente da base I_B = 0.

A região de saturação é muito semelhante. Retomando a sessão anterior, veja que a corrente de base é muito pequena, na ordem de micro-amperes. Essa pequena corrente consegue controlar uma corrente na ordem de mili-amperes, 1000 vezes maior. A relação entre a corrente do coletor e a corrente de base é chamado de β (lê-se beta).

Em transistores encontrados no mercado, temos um β que varia tipicamente entre 40 a 400. Veremos a seguir alguns circuitos que exemplificam melhor o uso do transistor nessa configuração específica.