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arrow_back Aula 08 - Circuitos Sequenciais (Parte I)

Flip-flop JK

Vimos que o sinal de clock pode controlar as saídas de um flip-flop SR, mas não resolve o problema da existência de um estado indefinido na saída, quando S=R=1.

Uma solução para isso é utilizar outro tipo de flip-flop, o JK, pois ele aprimora o funcionamento do flip-flop SR, interpretando a condição S=R=1 como um comando de inversão e não como um estado indefinido.

Esse modo é chamado de comutação, pois o valor do sinal de saída mudará de um estado lógico para outro (de '0' para '1' ou de '1' para '0') em cada borda de subida do clock, como você pode ver na Figura 15.

<span class='strong'>(a)</span> <span class='italico'>flip-flop</span> JK com <span class='italico'>clock</span> que responde apenas à borda de subida <span class='strong'>(b)</span> Formas de onda típicas

Já na Figura 16, você observa o caso de um flip-flop JK disparado apenas nas bordas de descida do clock.

<span class='italico'>flip-flop</span> JK disparado apenas na borda de descida do <span class='italico'>clock</span>

Observando as tabelas verdade nas Figuras 15 e 16, você pode verificar que, em relação às combinações de valores de J e K:

  1. J = K = 0 o flip-flop mantém o valor da saída Q;
  2. J = 0 e K = 1 é um comando para desativar (reset) a saída Q do flip-flop;
  3. J = 1 e K = 0 é um comando para ativar (set) a saída Q do flip-flop;
  4. J = K = 1 é um comando para inverter (comutar) o flip-flop, ou seja, trocar o sinal de saída Q pelo seu complemento $(\overline{Q})$.

Assim, você pode concluir que o flip-flop JK pode fazer tudo que um flip-flop SR faz, além de operar no modo de comutação, sem ter estados ambíguos ou inválidos.

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