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arrow_back Aula 05 - Welcome to the internet! I‘ll be your guide

Fases da internet: Web 1, 2, 3 e já?!

Reveja a linha do tempo, da página anterior, e procure fazer uma análise das ferramentas lançadas a partir do ano 2000. Que características você percebe? Você nota o potencial de criação pela internet que os usuários comuns passaram a desenvolver? Faça essa análise antes de prosseguir com a leitura do material.

Esse potencial ocorre em razão do que muitos especialistas chamam de Web 2.0. Como você sabe, a internet nasceu com o propósito de ser livre e aberta, o que favorece, sobremaneira, sua evolução. Assim, ao contrário do que muitos pensam, Web 2.0 não é uma "nova versão" da internet, mas uma forma diferente de nos relacionarmos com e por meio dela. Nessa fase da internet, na qual ainda estamos inseridos, apesar de já se falar da terceira fase da web, o internauta pode ser (co)produtor de conteúdos, publicando e compartilhando informações em diferentes mídias — texto, imagem, áudio, vídeo… Essa é uma característica da Cibercultura! Lembra que falamos dela na primeira aula?

Isso pode ser percebido também naquele exercício que lhe propus, no início desta aula, ao pedir que você visitasse um site que lhe fosse usual, por meio do The Wayback Machine. Na sua busca você deve ter percebido que, antes, ao acessarmos uma página da web, não nos restava muita opção, senão apenas compreender as informações. Praticamente, não havia a possibilidade de compartilhar as ideias e interagir com outras pessoas na rede. Não era possível, por exemplo, compartilhar e comentar uma matéria de um portal de notícias on-line, como hoje fazemos com muita frequência e naturalidade. O máximo que poderíamos fazer era enviar o link da matéria por listas de e-mails para discutir com um grupo de pessoas. A publicação de conteúdo para a web limitava-se a quem tivesse condições para criar e manter uma home-page na internet hospedada em provedores pagos. Por isso, a "Web 1.0" era caracterizada por sites com conteúdos estáticos, com pouquíssima interatividade entre os internautas e produzidos, quase que totalmente, por empresas e instituições.

Tais características são muito diferentes das dos dias atuais em que, em poucos segundos, é possível a qualquer pessoa com conexão à internet e conhecimentos básicos de informática criar um site pessoal, gratuito, através de uma plataforma de blogging ou mesmo em uma rede social. Nesses ciberespaços, é comum que, logo ao publicarmos algum conteúdo, em diversas mídias — texto, imagem, som e vídeo —, já recebamos contribuições, de outras pessoas, a partir de comentários ou registros de reações. A velocidade de compartilhamento dessas informações é ampliada com a existência de diversas mídias e redes sociais.

Curiosidade

Um efeito negativo dessa facilidade de produzir e compartilhar conteúdo na Web são as chamadas Fake News (Notícias Falsas), aquelas mensagens de teor mentiroso ou boatos que viralizam em segundos pela internet com o objetivo de enganar as pessoas, geralmente, com interesses políticos ou econômicos. Por isso é preciso muito cuidado e criticidade antes de compartilhar informações veiculadas em portais e apps de mensagens. Além disso é importante diferenciar o que é sátira das fake news. Você já teve acesso a alguma delas?


Eis a característica da Web 2.0: conteúdos produzidos pelos próprios internautas, com muitas possibilidades de colaboração on-line.

Diante desse novo contexto de interação e interatividade em que se mostra a rede, é que o americano Tim O’Reilly, que disseminou o termo Web 2.0 em 2004, passou a defender a ideia de que a internet passasse a ser vista como plataforma. Com isso, ele alertava aos desenvolvedores de TI que "a regra mais importante é desenvolver aplicativos que aproveitem os efeitos de rede para se tornarem melhores quanto mais são usados pelas pessoas, aproveitando a inteligência coletiva". Se se tratava de uma jogada de marketing, como argumentam alguns especialistas da área, não podemos afirmar. O fato é que grandes empresas parecem seguir essa "dica"; basta dar uma olhada nos sites e apps mais populares atualmente.

E como eu disse antes, embora ainda estejamos na Web 2.0, já se fala sobre uma terceira geração da internet, denominada Web Semântica. Nesse sentido, com a também chamada web inteligente, é proposto um uso cada vez mais personalizado da rede, por meio do qual os dados que circulam na internet são tratados computacionalmente para oferecer ao internauta produtos específicos à sua demanda. Assim, a característica principal da Web 3.0 é a organização semântica de conteúdos on-line oferecidos de forma personalizada para cada internauta por meio de sites e apps.

Um exemplo muito claro da presença da Web Semântica é que, se nós pesquisarmos no Google o termo "fortaleza", eu, como torcedor do Fortaleza Esporte Clube e natural da capital do Ceará, terei como resultado um misto de informações, conteúdos e produtos sobre o time de futebol e a capital alencarina. Ao passo que você, a depender das suas experiências prévias, pode ter acesso prioritário a outros resultados. Se for um fã inveterado de séries e jogos de guerras medievais, é provável que lhe sejam apresentadas fortalezas existentes no mundo ou, se for um natalense bairrista, a bela Fortaleza dos Reis Magos estará entre os resultados.

Não vai me dizer que você achava que toda a publicidade oferecida nos sites que navegava e em suas redes sociais e apps, relativa a produtos do seu interesse, ou a sugestão de vídeos do YouTube para você assistir, assim como as sequências de músicas do Spotify, eram pura coincidência?! Pois saiba que tudo isso são os primeiros sinais da Web 3.0!

Figura 7 - Resultado de busca para o termo "fortaleza" em razão da Web Semântica Fonte: WIKIPEDIA. Disponível em: <pt.wikipedia.org>. Acesso em: 28 AGO. 2018.

Deu pra perceber que muita coisa ainda está para ser desenvolvida pela internet e que há muito mais a conhecer sobre ela, não é mesmo? Nesta disciplina, conheceremos algumas possibilidades. Mas que tal começarmos com o básico, o acesso ao www?

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