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arrow_back Aula 02 - Padrões de cabeamento estruturado

O que são padrões

Os padrões são definidos visando, principalmente, à uniformização de procedimentos e até mesmo características de produtos. Um padrão é um referencial de como deve ser algo (como, por exemplo, deve ser feito, fabricado, instalado etc.). Por vezes, um ou mais padrões podem estar contido em uma norma. Nesse sentido, uma norma tem um caráter mais abrangente e completo.

Os padrões podem ter diferentes forças e abrangências de aplicação. Portanto, podem ser locais, regionais, nacionais, continentais e mundiais.

Aqui no Brasil, temos hierarquias de padrões que vão desde uma simples sugestão normativa à Constituição da República Federativa do Brasil, nossa Lei magna. A norma NR-10 (Norma Regulamentadora) é homologada pelo Ministério do Trabalho e tem obrigatoriedade similar a de uma Lei, podendo até mesmo gerar punições para aquele que não a obedecer.

Você que está estudando esta aula tem diante de si um bom exemplo de padrões. Mais especificamente, sob os seus dedos. Olhe atentamente para o seu teclado. Já notou que a primeira fileira de teclas alfabéticas sempre começa com as letras “QWERTY”? Pois bem, isso é um padrão e foi sugerido, pioneiramente, por Latham Sholes, Carlos Glidden e Samuel W. Soule, em 1876, e fez parte da primeira máquina de escrever padronizada, lançada neste mesmo ano e batizada de Remington por ser fabricada nas oficinas da Remington Arms Company.

Antes desse padrão, muita gente desenvolveu suas próprias sugestões, entre eles: Henry Mill (1713), reconhecido como inventor da máquina de escrever; Charles Thuber (1843); Pellegrino Turri (1808); o americano Burth; o inglês Jenkins e o marselhês Pogrin.

Como podemos facilmente notar, a sugestão para o teclado “QWERTY” deu certo e se tornou um padrão muito popular, a ponto de não se ter em mente outro padrão que tenha o mesmo sucesso.

Mas, por incrível que pareça, houve uma tentativa de substituir o padrão “QWERTY” por outro, em 1936, proposto por August Dvorak e William Dealey. Este padrão era chamado de DVORAK (Figura 1) e até agora não registrou uma quantidade infimamente significativa de seguidores.

Teclado  DVORAK simplificado

É bem verdade que o teclado DVORAK possui uma adaptação melhor aos diferentes idiomas, uma vez que seu layout (estilo) pode ser alterado de forma a grupar as teclas com as letras mais usadas em cada idioma. Além disso, esse teclado tem versões para destros e canhotos.

Pelo que se interpreta no parágrafo anterior, o padrão DVORAK para teclados parece mesmo ser melhor do que o “QWERTY”, por oferecer uma adaptação fácil para cada idioma, além de permitir uma definição específica para os canhotos.

Então, por que o padrão DVORAK não foi adotado? Imagine alterar uma enorme quantidade de linhas de produção espalhadas pelo mundo afora. Além disso, não sairão dessas linhas de produção teclados com o mesmo padrão contendo apenas leves variações, mas completamente diferentes uns dos outros, dependendo do idioma. Os teclados DVORAK são sensivelmente diferentes de um idioma para o outro.

Será que o padrão DVORAK ainda pode prevalecer no futuro? Até pode, mas observe que o teclado está deixando de ser indispensável na condição de composição de interface homem-máquina. Não vai demorar muito e um microfone juntamente com uma câmera se tornarão tão importante quanto um teclado na condição de dispositivo de entrada de um computador.

Atualmente, temos variações do teclado “QWERTY” que atendem a vários idiomas e países. Por exemplo, um teclado com uma tecla contendo o “β” é usado na Alemanha e Áustria, mas se o teclado contiver o “Ç” ele será bem usado no Brasil, em Portugal e em outros países.

Entretanto, Brasil e Portugal utilizam subtipos diferentes. O brasileiro é Português do Brasil ABNT2, enquanto que o de Portugal é, simplesmente, Português de Portugal e, entre algumas diferenças, contém uma tecla com o símbolo “>>” e outra “<<”.

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